domingo, 31 de janeiro de 2016

A dinâmica noturna de Piracicaba

Publicado no JP dia 30/01/2016

Recentemente, precisei comprar medicamentos tarde da noite e pude presenciar a dinâmica da cidade de Piracicaba no período noturno, com diversos estabelecimentos abertos em funcionamento, muitos carros e motos circulando pelas avenidas.
Diante disso, ocorreu-me mostrar a grandeza e importância de inúmeras atividades econômicas, sociais, de lazer e de turismo que são executadas no período noturno, contribuindo para o desenvolvimento de Piracicaba, auxiliando na geração de empregos e de renda do setor público e do setor privado.
Na saúde, temos atividades desenvolvidas com a participação de centenas de pessoas que durante a noite e a madrugada atendem e confortam a população como são os casos do Hospital da Unimep, da Santa Casa, do Hospital dos Fornecedores de Cana, do SAMU, das UPAs municipais, da Central de Ambulância, do Laboratório de Análises Clínicas Municipal e de diversas outras clínicas particulares.
Na educação, observa-se as jornadas de atividades que se estendem até as 23 horas todos os dias da semana, oferecendo cursos na Unimep, na Anhanguera, no Dom Bosco, no Anglo, na Fumep/EEP, na Fatep, na Fatec, no Sesi e no Senac, nas ETECs e IFET, na PoliBrasil e em diversos escolas públicas de Ensino Médio e profissionalizantes que envolvem diariamente centenas de profissionais e milhares de alunos, que procuram ampliar seus conhecimentos durante a noite e melhorar suas colocações no mercado de trabalho.
E a segurança? Praticamente todos os órgãos públicos, como a Polícia Civil e suas delegacias, a Polícia Militar e suas companhias, a Guarda Civil Municipal. Esse aparato de segurança envolve os veículos e profissionais rondam a cidade madrugada a dentro procurando nos proteger. A isso deve-se acrescentar o exaustivo trabalho no CDP, na Fundação Casa e no Centro de Ressocialização Feminino e, o trabalho de centenas de profissionais, em atividades de segurança e vigilância privada em empresas e condomínios habitacionais.
O setor público ainda mantém atividades 24 horas por dia no saneamento básico para a captação, tratamento e distribuição de água, de tratamento de esgoto e contrata empresa terceirizada, que mantêm valorosos profissionais na coleta de lixo e na coleta seletiva nas noites ou madrugadas. A Câmara Municipal faz suas sessões à noite, duas vezes por semana, e muitas vezes elas se estendem pela madrugada.
O que falar dos bares, restaurantes, lanchonetes, traillers, casas noturnas, boates, centros culturais em clubes de serviços, que atendem parcela da população noite e madrugada adentro, mantendo um expressivo contingente de trabalhadores que serve muito bem a população. Não podemos nos esquecer dos inúmeros hotéis e motéis com predomínio de atividades noturnas.
Não é demais lembrar a predominância de muitas empresas que mantém três turnos de atividades, gerando empregos para milhares de trabalhadores e impulsionando a economia local. Para citarmos apenas as maiores, temos a Hyundai, Arcelor Mittal, Cosan, Mondelez, entre outras. A isso, devemos acrescentar o trabalho constante das Entidades Sociais como o Lar dos Velhinhos, Lar Betel, Casa do Morador de Rua, Albergue Noturno, Lar Franciscano, que juntamente com outros realizam um bom trabalho social com sua clientela no período noturno.
As atividades não param por aí, e para não ser cansativo, destacamos os supermercados, padarias, igrejas, farmácias, pizzarias, salões de cabeleireiros, serviços de faxina, atividades dos agentes de trânsito, do IML, dos serviços funerários e das academias de ginástica.
Tudo isso impulsionam a economia local, dinamiza as atividades culturais, de lazer e gastronômica, inclusive as rádios locais e jornais diários, como o JP que permitem a divulgação deste artigo com editores, revisores, impressores e entregadores de jornais que permitiram a chegada desta edição e deste artigo em sua casa.

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

domingo, 24 de janeiro de 2016

Piracicaba mais arborizada

Publicado no JP dia 23/12/2016

Em 2005, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), apresentou um Plano para a recomposição arbórea da cidade, envolvendo as zonas urbana e a rural, tendo como meta o plantio de pelo menos um milhão de mudas em até 10 anos.
Iniciado de forma modesta no nosso primeiro ano de mandato como prefeito de Piracicaba, foi possível plantar 22.984 de mudas em 2005, alcançando em 2011 o maior índice com 166.640 mudas.
O importante de tudo isso foi a continuidade do plantio em todos os anos, totalizando um milhão e 17 mil mudas em 2014, antecipando a meta em um ano. Foram 694 mil mudas em matas ciliares, 47 mil mudas em calçadas, 239 mil mudas em parques e áreas públicas e 37 mil mudas no novo e importante programa “Plante Vida”.
Para alcançar essa meta houve o envolvimento do setor público, do setor privado, de entidades ambientais, de produtores rurais, de clubes de serviços, de servidores públicos e de muitos voluntários cuja contribuição deve ser reconhecida por todos. A continuidade política administrativa de Piracicaba, após o encerramento do nosso mandato de prefeito, possibilitou o cumprimento de ambiciosa meta estabelecida em 2005, que foi ultrapassada nos últimos anos.
Vale destacar que a política de implantação de mais de uma centena de áreas de lazer nos bairros da cidade e a implantação de parques regionais também foram importantes para avançar na arborização da cidade. Alguns novos parques regionais merecem ser destacados pela importância e valorização dos bairros, mas sobretudo, pela ampliação da arborização. São os casos dos parques da Cidade em Santa Terezinha, Regional de Santa Terezinha, dos Jequitibás (no bairro Santa Rosa), Pelourinho/Turcão (Nova Piracicaba), Monte Líbano, Cecap/Eldorado, da Paulista, do Jaraguá que se somaram a outros e à intensa arborização permanente de nossas ruas e avenidas como foi o exemplo da nova avenida Higienópolis.
No entanto, ainda temos uma disparidade em termos de índices de arborização, onde há efetiva cobertura arbórea em bairros mais antigos e localizados nas áreas centrais: Cidade Jardim, Jardim Santa Cecília, Vila Independência e São Judas, com índices de cobertura arbórea superior a 15%, como destacou recente estudo realizado por estudantes do Esalq/USP. Faz-se necessário dar continuidade a essa política de arborização de Piracicaba ao longo dos próximos 10 anos e se possível, ampliá-la ainda mais.
Com apoio a tudo isso, o Viveiro de Mudas da Prefeitura, localizado no bairro Santa Rita, é de extrema importância, cuja capacidade operacional e de produção é adequada ao atendimento da demanda e da programação. Com participação de todos será possível atingir metas cada vez mais ambiciosas, melhorando o verde, o meio ambiente e a qualidade de vida da nossa cidade.

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Agenda 21, pragmatismo e uma cidade que saiu do sufoco



Barjas Negri

            Quando afirmo que nosso governo teve como meta o desenvolvimento econômico sustentável, planejado de forma democrática e participativa, tenho por base o amplo diagnóstico técnico e as conversas com as lideranças comunitárias, ao longo de dois mandatos, que compuseram nossos planos de governo. Foram muitas reuniões para identificar com clareza as demandas latentes e as prioridades, antes de fechar os pacotes de ações a serem executados ano a ano. Outro instrumento fundamental foi a Agenda 21, coordenada pelo Piracicaba 2010 – Realizando o Futuro (Pira 21), que também   proporcionou ampla discussão com a sociedade civil organizada.
            A Agenda 21 foi definida pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO 92), realizada no Rio de Janeiro, para ser uma plataforma de políticas públicas propostas pela comunidade local, com metas a serem alcançadas ao longo do tempo. Uma espécie de guia para o desenvolvimento sustentável das cidades. Representou um grande avanço ao estabelecer parâmetros para investimentos sociais, respeitando as prioridades, a vocação de cada município e seu potencial de riqueza, sem agredir o meio ambiente ou prejudic ar as gerações futuras.
            Assim, nosso plano de governo complementado pelas diretrizes da Agenda 21 elaborada em 2000, orientou esses oito anos de Administração. Como sabíamos, havia muitos problemas a serem enfrentados e este era um assunto para profissionais. Escolhi um time  de alto nível técnico, experiente, conhecedor da cidade e seus segredos. Em pouco tempo a população percebeu a que viemos. Foram tempos de muito trabalho. As obras e os programas começaram a aparecer e os resultados pos itivos foram apenas consequência de um bom planejamento.
            Em oito anos não resolvemos tudo, mas conseguimos ao menos tirar a cidade do atraso e do sufoco. Construímos muitas escolas e contratamos professores qualificados para educar as crianças que estavam fora das salas de aula. Reestruturamos o sistema de saúde, com investimentos de peso para responder a uma insatisfação generalizada e, em breve teremos um Hospital Regional. Apostamos no esporte amador e colocamos a cidade no pódio. Investimos fortemente no turismo e demos atenção especial às festas populares. Resgatamos patrimônios, dentre os quais o En genho Central e seu entorno, dando nova dimensão à cultura local, que floresce a olhos vistos.
            Conquistamos ETECs e a Fatec. Construímos novos distritos industriais, sustentáveis e teremos em breve um novo Anel Viário. Viabilizamos os polos automobilístico e tecnológico para o desenvolvimento de energias renováveis e geração de empregos qualificados.
            Construímos moradias populares e também urbanizamos favelas, levando infraestrutura às famílias mais carentes. A urbanização tornou-se ordenada e a população rural, que há muito clamava, passou a ser ouvida e atendida. Para ela, incentivamos a diversificação do agronegócio e a fixação do homem no campo, oferecendo apoio técnico, patrulha agrícola, melhoria das estradas vicinais e ampliação da rede de varejões com vendas diretas ao consumidor. Mas a mobilidade urbana também melhorou muit o. Foram centenas da intervenções e duplicações de ruas a avenidas, construção de pontes e viadutos, tudo de acordo com o Plano Municipal de Mobilidade Viária.
            E você deve estar se perguntado: e o meio ambiente? Sim, pensamos nele a agimos em diferentes frentes. Uma delas é que até o início de 2014. chegaremos a 100% de esgoto tratado. Sendo Piracicaba a última cidade à jusante, aquela que mais recebe os poluentes vindos das vizinhas, seremos um exemplo para a região em defesa do nosso rio.
            Teremos também uma central de tratamento de resíduos sólidos que vai minimizar as questões do lixo E ainda, aquilo que todos os piracicabanos vêm, sentem e usufruem: resgatamos o Viveiro Municipal, plantamos árvores, recuperamos áreas verdes, construímos ou reformamos muitos parques e áreas de lazer. A questão ambiental entrou no currículo de nossas crianças. Salvamos o Zoológico da extinção e construímos um aquário, plantamos árvores em avenidas e rotatórias por toda cidade.
            A lista de tudo o que saiu do papel é imensa e pode ser relativamente percebida na recalibragem da própria Agenda 21, realizada em 2006 com vistas a 2015. Digo relativamente porque lá não aparece o que foi feito nos últimos seis anos para fortalecer ainda mais o conceito de 'salto de Piracicaba' rumo ao desenvolvimento sustentável. Atuamos com realismo para atender as demandas de todas as forças vivas da cidade.
            Foram oito anos de dedicação plena, tudo feito com muita transparência e objetividade. O resultado está aí para ser avaliado pela população.

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba (2005/2012)

domingo, 17 de janeiro de 2016

Educação Infantil da Prefeitura tem crescimento acelerado desde 2005

Barjas Negri - Publicado dia 16/01/2016


Num período de 10 anos, que vai de 2005 a 2015, o número de alunos atendidos na Rede Municipal de Educação no Ensino Infantil (0 a 5 anos) passou de 5.896 para 16.102 alunos, um aumento de 10.206 novas crianças ou mais 173%. Crescimento sem precedente na história da educação infantil em nossa cidade.
Isso foi o resultado de uma política bem-sucedida de expansão com qualidade da rede de educação infantil pública da Prefeitura de Piracicaba, envolvendo o atendimento de crianças no berçário (0 e 1 ano), na creche (de 2 e 3 anos) e no Jardim (de 4 e 5 anos). A grande expansão concentrou-se durante os nossos dois mandatos de prefeito, quando foram construídas e implantadas 38 novas escolas de Educação Infantil – EMEIs e ampliadas e adaptadas outras sete EMEIs. Com isso, chega-se no início de 2013 com 15.856 crianças atendidas.
Alcançar essa meta não foi uma tarefa fácil e envolveu muito planejamento, muita dedicação e sobretudo boa gestão pública para alocar recursos nas novas construções, no seu mobiliário e na contratação de centenas de professores e pessoal de apoio administrativo. Construir 38 novas EMEIs em oito anos necessitou da viabilização de todos os terrenos, dos respectivos projetos executivos e de longos e exaustivos processos licitatórios, envolvendo pelo menos um ano na construção de cada creche e a realização periódica de concurso público para os profissionais da educação.
A continuidade administrativa da Prefeitura contribuiu para que em 2013 se concluísse outras três EMEIs iniciadas em nosso governo – Jd. São Francisco/Taquaral, Jd. Piracicaba/Vila Sônia e Mario Dedini II, além de obras de cinco novos berçários, para os quais foram deixados os recursos no caixa da Prefeitura. Com isso, já em 2014, percebe-se o aumento no número de crianças atendidas, processo que teve prosseguimento ao longo de 2014 e 2015.
Para dar conta de todo esse expressivo atendimento na rede de educação infantil, a Prefeitura contratou 910 novos professores só no período 2005/2012, em sua maioria, profissionais recém-formados pelas Faculdades de Educação da Unimep, do Dom Bosco e da Anhanguera, todas de Piracicaba. Não temos informações disponíveis para o período recente, mas a continuidade dos trabalhos político-administrativo resultaram em novos investimentos na construção e ampliação de EMEIs, e na contratação de novos profissionais da educação. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, verifica-se a matrícula de 16.602 alunos na educação infantil em 2015, indicando elevado índice de atendimento se comparado a municípios do mesmo porte.
Em 10 anos, foram criadas 10.206 novas vagas na rede de educação infantil da Prefeitura, representando um aumento de 173%, que tem permitido o atendimento de parte significativa da demanda anual, ao mesmo tempo que auxilia milhares de mães trabalhadoras a obterem empregos ou a mantê-los ajudando no aumento da renda familiar.
Essa foi uma política pública de grande acerto da Prefeitura Municipal e que hoje está presente em quase todos os bairros da cidade por meio de suas 80 unidades, oferecendo uma política educacional de boa qualidade e preparando o futuro de uma nova geração.


Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Pai e filho expõem na Câmara



A Câmara de Vereadores de Piracicaba expõe até o final deste mês a mostra intitulada "Ilustra Pai e Filho", que reúne 30 trabalhos de Celso e Matheus Henrique Camargo, desenhista gráfico e estagiário da Casa, respectivamente, produzidos entre 2012 e 2015. São ilustrações, caricaturas, charges e cartuns, sobre meio ambiente, cultura, música, cinema, ciência e política. O período expositivo segue até o dia 29 de janeiro, com curadoria de Fábio Bragança, Diretor do Departamento de Documentação e Arquivo. A entrada é gratuita. 
SERVIÇO
– 
Exposição "Ilustra Pai e Filho", de Celso e Matheus Camargo. Visitas até 29 de janeiro de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados, no hall do prédio anexo da Câmara de Vereadores de Piracicaba (rua do Rosário, 833, Centro). Entrada gratuita. Informações: (19) 3403-6574.









domingo, 10 de janeiro de 2016

Cecap/Eldorado, bairros que melhoraram com o tempo

Barjas Negri - Publicado no JP dia 09/01/2016

Nos anos 70, começam a ser implantadas nas periferias urbanas das cidades de porte médio, os núcleos populares sob responsabilidade das companhias e cooperativas habitacionais. Esses empreendimentos habitacionais, financiados com recursos do extinto Banco Nacional de Habitação (BNH) eram importantes e a melhor forma de atender as famílias de baixa renda.
Em São Paulo, a Cia Habitacional Cecap e, em Campinas, a Cohab - Bandeirantes eram parceiras dos municípios. Assim, nas gestões dos prefeitos Adilson Benedito Maluf e João Herrmann Neto, Piracicaba recebeu os núcleos Cecap I e II, Eldorado I e II, totalizando 1400 casas.
A parceria da Prefeitura com a Cecap e a Cohab - Bandeirantes permitiu o surgimento do empreendimento na região do Taquaral, ao lado da Rodovia do Açúcar. Ao longo do tempo, toda infraestrutura urbana foi sendo completada: redes de água, esgoto, energia e pavimentação, permitindo boas condições de habitabilidade. No entanto, os equipamentos sociais como escolas, creches e postos de saúde levaram mais tempo para serem conquistados.
Em 1980, no cargo de Secretário Municipal de Educação pude presenciar o transporte diário dos alunos para a EE Pedro Moraes Cavalcante, no bairro Nova Iguaçu, o que levou a uma parceria entre a Prefeitura e a Cohab – Bandeirantes adaptando e transformando boxes comerciais em salas de aula. Essa ação deu tempo ao governo estadual para construir, entre 1982/83, a Escola Estadual Prof. Adolpho Carvalho, eliminando definitivamente o transporte de alunos naquela região. Anos depois, os bairros foram contemplados com o CAIC do governo federal, UBS, centro social, terminal de ônibus, campo de futebol, creches etc.
Cada prefeito deu importante contribuição a esses bairros, levando equipamentos sociais. No entanto, durante a gestão Mendes Thame, por sugestão do secretário de Transporte, arquiteto João Chaddad, construiu-se o prolongamento da av. Rio das Pedras, ligando os bairros Alvorada/Sol Nascente ao Cecap/Eldorado, numa extensão de 3 Km, dando mais uma alternativa ao trajeto da Rodovia do Açúcar.
A transferência da Unimep para o Taquaral e o surgimento de outros loteamentos no entorno (São Francisco/Taquaral, Perdizes, Santa Rita, Avencas e Terra Rica) deram nova dimensão a região e, hoje, pode-se afirmar que grande parte das demandas de infraestrutura e de equipamentos sociais foram atendidas, melhorando a qualidade de vida dos moradores.
No cargo de prefeito tive a oportunidade de conviver com a comunidade e também atender parte de suas demandas, como a transformação do centro social em Unidade Básica de Saúde Regional. O Posto de Saúde da Família, a sede do Varejão do Eldorado, a pista de caminhada e academia de ginástica, o novo reservatório de água, além da construção da creche no Terra Rica, a duplicação e iluminação da av. Rio das Pedras, melhorando o fluxo de veículos e trazendo segurança à população.
É claro que uma comunidade dessa magnitude requer sempre mais atenção do setor público local, de tal forma a melhorar ainda mais a qualidade de vida de sua população, como foi a recente transformação da EE Prof. Adolpho Carvalho em Escola de Tempo Integral.

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Projeto Guri: a democratização do ensino de música


 Barjas Negri - Publicado JP 14/04/2012


            Piracicaba é uma cidade essencialmente musical. Um breve passeio pela nossa história e estão lá, ainda no final do século 19, os irmãos Lozzano com o Orfeão Piracicabano ensinando canto capela na Escola Normal. Em outra frente mais popular, o ilustre Cornélio Pires, vindo de Capivari no início do século 20, capitaneava nossos caipiras compondo suas caravanas musicais. O romantismo dos seresteiros sempre presentes nas salas de cinema ou embaixo de uma janela, está até hoje está entre nós. Os cururueiros se reunindo em festas para celebrar os santos mais populares e o Divino Espírito Santo, em especia l, vem de décadas de história.

            A Orquestra Sinfônica de Piracicaba depois de alguns altos e baixos, nos anos 40/50, se consolida com Benedito Dutra. Nesse mesmo período a Sociedade Cultura Artística  amalgama um movimento pela música piracicabana. É quando também surge a Escola Livre de Música Pró-arte, precursora da Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernest Mahle, hoje, em sua plenitude. Tudo se deu se dá com o desejo de revelar o talento da nossa gente.

            E foi com essa mesma proposta, de disseminar o gosto pela música, que temos  investido na formação de crianças, jovens e adultos, de todos os níveis. Entre outras coisas, logo em 2006, estabelecemos parceria com o governo do Estado para instalação de um polo do Projeto Guri, criado em 1995, pelo governador Mário Covas. Inicialmente ele funcionou num dos barracões do Engenho Central, mas com a restauração da Estação da Paulista, suas atividades ganharam um espaço especialmente adaptado para suas  necessidades.

            É importante dizer da dimensão social de sua abrangência e do impacto na formação de novos talentos. Por ano, passam pelo polo do Guri uma média de 300 crianças e jovens, de 6 a 18 anos, em busca de aprendizado sólido para instrumentos como saxofone, flauta transversal, clarinete; trompete, trombone e bombardino; violino, viola, violoncelo e contrabaixo acústico, além de percussão. Paralelamente, existem os corais infantil e infanto-juvenil.

            O Projeto Guri é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscipi), para a qual o estado fornece os instrumentos, sem custo algum para as famílias. Também paga professores especializados para cada instrumento, hoje são 7, e toda a equipe técnica para acompanhar as atividades. Lá, os alunos participam de aulas coletivas de música e são cobrados em seu desempenho, como forma de avaliação. Na contrapartida, a cidade, pela Secretaria da Ação Cultural, garante instalações, logística e estrutura administrativa.

            Além do aspecto educacional, o projeto é socioeducativo. Sempre que são recebidas crianças vindas de famílias desestruturadas, elas recebem também acompanhamento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes). Quando necessário, em função de problemas com violência, saúde ou drogas, elas são encaminhadas para a rede social. Por outro lado, a música também faz com que a criança se expresse de forma prazerosa, ganhe autonomia de estudo e torne-se disciplinada. Esse trabalho tem dado excelentes resultados na formação emocional e intelectual dos alunos. Eles revelam talentos, desenvolvem autoestim a, capacidade de concentração e  responsabilidade para o estudo.
            De acordo com a evolução dos aprendizes, o município faz parcerias com orquestras, com a Empem e com o Conservatório de Tatuí, entre outras, para aprimorar ainda mais seus estudos com ajuda de bolsas. Há, ainda, o intercâmbio com escolas dos EUA e da Alemanha. Tudo isso sempre com algum tipo de ajuda oficial.

            A amplitude e o sucesso do Projeto Guri pelo Estado, hoje com 400 polos, fez com que surgisse em Jundiaí, uma orquestra específica para jovens do programa que poderão também se profissionalizar. Daqui, 20 alunos disputaram uma das 60 vagas e aguardam resultados. Independente de conseguirem ou não, podemos dizer com segurança que esses jovens dedicados já vislumbram novos horizontes, seja de ascensão na carreira musical, seja por terem adquirido formação suficiente para bem levar adiante suas vidas.

            Estamos fortalecendo a vocação da cidade, democratizando o direito à boa formação musical para todos os interessados. Também estamos reforçando o intercâmbio com outros municípios que compõem o Projeto Guri. No dia 10 de junho promovemos o Encontro de Polos de Coral, no Teatro Municipal Dr. Losso Netto. É a dom  musical do nosso povo, perpetuado de geração em geração.