Somos vítimas, culpados ou cúmplices da violência que se instalou na sociedade? É a pergunta que devemos nos fazer diariamente, quando nos deparamos com tragédias como a de Suzano, que chocou o país, e evidenciou uma ferida social aparentemente sem cura imediata. Qual é a razão de se cultivar tanto ódio e preconceito?
Dias atrás, comemoramos o Dia Internacional da Mulher com uma série de atividades de fortalecimento e empoderamento da mulher piracicabana, entre as quais destaco a Patrulha Maria da Penha, da Guarda Civil Municipal, especialmente criada pelo nosso governo para amparar mulheres vítimas de violência doméstica e agressões em outros ambientes sociais. Os números assustam, mas revelam o aumento da confiança das vítimas e a coragem para denunciar seus agressores.
Ainda no início da semana, um episódio assustador ganhou notoriedade nacional, na rodovia Luiz de Queiroz, que liga Piracicaba a Santa Bárbara d´Oeste. Um carro forte, ou potencialmente forte, foi interceptado por bandidos que atiraram contra um trabalhador da empresa transportadora de valores e roubaram o veículo de uma família que, em pânico, não encontrou outra alternativa, senão buscar refúgio e um pouco de segurança, em meio à escuridão da mata.
Apesar dos investimentos que juntos - governos federal, estadual e municipal - fazemos para aumentar a inteligência estratégica de nossas corporações, melhorar o aparelhamento dessas forças policiais, a sensação de insegurança cresce a cada dia. Cresce e se dissemina com uma velocidade maior que a capacidade de compartilhar as nossas conquistas, que, aliás, são muitas, mas, infelizmente, não ganham as manchetes dos jornais, nem “likes” em redes sociais, na mesma proporção que as más notícias e as “fakenews”.
Que fenômeno social estamos vivenciando? Será que o avanço da tecnologia não deveria possibilitar uma melhoria da nossa qualidade de vida e nos garantir mais tempo para o convívio familiar e social? Por qual razão compartilha-se o medo e a dúvida? Por que a intolerância e a radicalização do discurso estão ganhando mais adesão na sociedade, do que a verdade e o diálogo?
Nós, do governo municipal, trabalhamos diariamente para melhorar a vida das pessoas. Não há outro propósito, senão aprimorar, fortalecer, avançar, ampliar e conquistar mais e mais ações em defesa de uma cidade protagonista, com qualidade de vida e desenvolvimento sustentável.
Como pai, educador e prefeito de Piracicaba, afirmo que estamos permanentemente atentos e alertas, nos cercando de todos os cuidados para garantir a segurança e a integridade de nossas crianças, adolescentes, professores e pessoal administrativo, em todas as nossas escolas.
Ninguém consegue prever tragédias como a de Suzano, mas acreditamos que investir no diálogo e na qualidade do ensino praticado nas escolas pode ampliar as chances de termos uma sociedade menos doente e mais promissora.
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