segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Artigo - Entre a Lei e o oportunismo

Administrar uma cidade como Piracicaba é tarefa que requer mais do que talento ou desejo. Exige coragem para se tomar decisões. Essa é uma das minhas características como gestor público, porque fazer escolhas e responder por elas, pode ser para alguns, uma atitude arriscada e que amedronta. Mas, não para mim, porque sempre tive como foco o melhor para a população de Piracicaba. Sempre me oriento e sigo leis, embora elas sejam interpretadas conforme a visão de cada julgador.
Digo isso, porque entendo que a população da minha cidade, minha família, meus amigos, meus secretários e meus aliados, merecem uma explicação pessoal sobre a notícia de uma “condenação” por ato administrativo que, de acordo com o Judiciário, a comissão de licitação impôs rigor excessivo na escolha da empresa para a construção da creche no bairro Bosques do Lenheiro. Isso mesmo, uma punição porque, supostamente, como prefeito, exigi rigor excessivo. Esse processo licitatório rejeitou uma empresa que não seguiu o Edital, o qual especifica claramente a documentação necessária para construir uma creche que, aliás, acolhe 348 crianças para que suas mães possam trabalhar com tranquilidade, sabendo que seus filhos estão sob os cuidados de profissionais qualificados e com alimentação de qualidade.
Os questionamentos em outros processos são todos administrativos: falta de planilhas, pesquisa de preços, detalhes sobre o projeto, aditamentos para corrigir projetos, certidões etc. Não existem indicativos por desvio de recursos, enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário. Mas, pelo Brasil temos milhares de obras – federais ou estaduais – paralisadas ou inacabadas. Em Piracicaba, todas que são questionadas na Justiça estão concluídas e prestando bons serviços públicos à população.
Observem os questionamentos encaminhados à Justiça pelo Ministério Público: construção de postos de saúde, creches, biblioteca, centros sociais, ginásios poliesportivos, a Policlínica Santa Teresinha. Todos equipamentos sociais que trazem benefício à população. Em nenhum dos casos existe, sequer, indícios, suspeitas ou citação de favorecimento meu, de amigos ou empresários.
Sinceramente, prefiro defender a decisão da Prefeitura em instâncias superiores, apresentando provas da correção de nossos atos. Aliás, ganhei outros processos com os mesmos questionamentos, fato que infelizmente não é divulgado. Mas quem me conhece sabe que não sou de me acovardar, vendo a nossa cidade refém da crise, da recessão, do desemprego e da desesperança. O fruto do nosso trabalho com secretários, servidores e vereadores, na aplicação honesta e ética dos recursos públicos, levaram a nossa cidade a reconhecimentos nacional. Somos, com orgulho, a 1ª cidade do país na gestão da educação e em saneamento básico e, a 2ª, na gestão dos recursos públicos
Vou continuar o meu trabalho para manter esses indicadores e conquistar novos. Não me preocupa o processo eleitoral de 2020. Estamos em 2019, e tenho muito trabalho pela frente, muitos projetos em andamento. Enfim, tenho um mandato a cumprir e o farei com a mesma honra e dignidade dos anteriores os quais, pelos seus méritos e acertos, me conduziram ao posto de prefeito pela terceira vez. Se serei candidato em 2020, só o tempo dirá, porque não depende apenas do meu desejo, mas da aprovação da população e do reconhecimento dos setores organizados da sociedade.
O momento atual tem sido marcado pela divisão, pelo ódio, pela desconstrução dos valores familiares, dos princípios éticos, morais, e dos direitos individuais. Uma banalização das regras sociais que leva para a vala comum toda a classe política e, nela, já não há mais distinção entre membros do Executivo, Legislativo ou Judiciário, afinal, o poder fascina, mas também pode corrompe.
Fiquemos atentos aos oportunistas de plantão, que destilam rancor e amargura pelas redes sociais, na tentativa de manchar a imagem de pessoas públicas, apostando na crítica ácida como meio para conquistar “likes” e seguidores. Surgem de quatro em quatro anos, apresentam-se como justiceiros, deixam um rastro de dúvidas e boatos por onde circulam, e depois, perdedores, desaparecem nas suas próprias insignificâncias. Piracicaba não merece a omissão nem o medo, muito menos o oportunismo político de alguns, que estranhamente antecipam o processo eleitoral seduzindo, a imprensa para confundir e amedrontar pessoas que aprovam o meu governo.

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba

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