Barjas Negri - Publicado JP 09/06/2012
Com a abertura da avenida Higienópolis ao trânsito, Piracicaba deu mais um passo no sentido de melhorar sua capacidade de escoamento de tráfego. Agora é possível acesso rápido aos extremos Norte e Sul da cidade, sem que o motorista precise passar pela Vila Rezende ou pelo Centro. Reduzimos os gargalos nos pontos mais complicados, onde há convergência de rota e forte concentração de veículos em horários de pico, agilizando o ir e vir.
De Santa Terezinha, saindo pela avenida Cristovão Colombo, é possível chegar ao Centro Cívico, via Estrada do Bongue, em 15 minutos. Com mais 15, atravessa-se a Dr. Paulo de Moraes até a Higienópolis, que dá acesso à Vollet Sachs, por onde se pode entrar na Rio das Pedras, seguir à Rodovia do Açúcar ou ir direto para a Luiz de Queiroz. Vale lembrar que todas essas avenidas receberam, ao longo destes dois mandatos, algum tipo de intervenção, seja de duplicação, alargamento ou mesmo ajustes localizados para facilitar acessos e contornos.
Com os novos viadutos que ligam as avenidas 1º de Agosto, Rio Claro e Limeira, também facilitamos o desvio de carros e caminhões que seguem em direção à Limeira, Rio Claro e São Paulo, vindos das regiões Oeste e Norte da cidade. As duas intervenções reduziram acentuadamente o problema da 1º de Agosto, que estava se tornando, praticamente, intransitável. E mais: demos sobrevida às principais artérias da Vila Rezende. O avanço no Plano de Mobilidade permite que a cidade se movimente melhor. Mas com a constância no aumento de veículos no município, ainda há muito que fazer.
Um aspecto interessante da avenida Higienópolis – que ganhou o nome de Antonio Fazanaro, empresário do setor sucroalcooleiro, admirado por seu talento e inteligência –, é que se trata de um estudo feito nos anos 90 para ocupação da área onde corriam os trilhos da Fepasa. Só que naquela época havia uma pendência jurídica que não permitia seu uso pela prefeitura. Resumindo, o projeto estava parado numa gaveta. Como o es gotamento do processo o governo Federal definiu o uso dessas áreas por lei, devolvendo-as aos municípios. Assim, pudemos, finalmente, viabilizar o intento.
A Higienópolis passou a integrar o Plano de Mobilidade Viária de Piracicaba. É sempre importante lembrar que aquela era uma área degradada, que estava abandonada há mais de 30 anos, servindo apenas para acumular lixo e mato, gerando insegurança aos vizinhos. Esta obra revitalizou o local, que ganhou vida nova, agregando valor direto ao bairro, que deixa de ser uma região de difícil acesso e se torna passagem natural. Esta abertura beneficia toda a cidade. Com o tráfego fluindo rapidamente, de Norte a Sul, as pessoas poderão chegar mais rapidamente às suas casas, ao trabalho, à escola e ao lazer.
Outro detalhe importante é que o bairro Higienópolis tinha apenas uma entrada, uma saída e muita confusão no trânsito. Agora, é possível sair pelo antigo viaduto e entrar pelo novo, com agilidade, rapidez e sem estresse. O circuito, portanto, desafogou a avenida Independência, estrangulada nos horários de pico por ser a principal via de acesso e saída da cidade. O acesso ao Hospital Regional, que está sendo construído na região do Santa Rita, também ficou facilitado.
Como as estatísticas indicam crescimento muito elevado no número de veículos na cidade, é natural que uma obra como esta não seja suficiente para dar vazão à demanda reprimida. Mesmo assim, é um investimento estratégico, há anos esperado, que oxigena o tráfego e atende à população. As próximas administrações terão que pensar em ações bem mais ousadas para atender a esta exigência permanente nas cidades modernas, em que o carro está integrado à família. É sempre bom lembrar que a maioria das cidades antigas, principalmente no estado de São Paulo, como Piracicaba, foi pensada para carroças. Esse choque entre a velha cidade e as demandas atuais exige criatividade e elevados investimentos. Não há nada que indique algo diferente para um futuro próximo.
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