Publicado no JP edição do dia 25/12/2015
Registros
apontam que o conceito de Economia Criativa apareceu em um discurso
intitulado “Creative Nation” (Nação Criativa), proferido pelo
primeiro-ministro da Austrália, em 1994, ganhou força e, em 1997,
quando a Inglaterra precisava enfrentar a crescente competição
econômica global, o governo do então primeiro-ministro Tony Blair,
criou uma força tarefa multissetorial, encarregada de analisar as
tendências de mercado e as vantagens competitivas nacionais. Em
2001, John Howkins a define no livro “The Creative Economy”, como
sendo atividades das quais resultam indivíduos exercitando sua
imaginação e explorando seu valor econômico.
Como
se observa Economia Criativa é um conceito em construção, cuja
prática volta-se à economia do intangível, do simbólico. Uma
concepção econômica que prevê ciclos de criação, produção,
difusão, circulação e consumo de bens e serviços. Originada por
setores que têm como elemento central a criatividade, desde a
concepção do produto até a formação de preço, resulta na
produção de riqueza cultural.
Reconhecendo
sua importância no País, em 2012, foi criada a Secretaria de
Economia Criativa, ligada ao Ministério da Cultura. Ela tem por
missão conduzir a formulação, a implementação e o monitoramento
de políticas públicas para o desenvolvimento local e regional,
priorizando o apoio e o fomento aos profissionais, aos micro e
pequenos empreendimentos criativos brasileiros.
Fazem
parte do setor atividades de escritórios de arquitetura e design,
decoração de interiores, artes performáticas, artesanato,
audiovisuais, artes visuais, artes plásticas e escritas, edição e
impressão, segmentos de ensino e cultura (arte, dança, música e
idioma), criação em informática, moda, preservação de patrimônio
histórico, segmentos de pesquisa e desenvolvimento, publicidade e
propaganda.
O
Brasil tem pelo menos 63 mil unidades de economia criativa, que
empregam 3,2 milhões de pessoas em atividades formais e informais,
sendo 30% no estado de São Paulo. O setor tem tido um bom
crescimento nos últimos anos, tanto no Brasil como em São Paulo.
Este
conjunto de atividades que tem como base o conhecimento a serviço da
criatividade para melhores resultados apresenta grande potencial de
crescimento em cidades de porte médio como Piracicaba.
Para
conhecer melhor o peso da Economia Criativa em Piracicaba, seria
necessário realizar uma pesquisa específica junto ao cadastro da
Prefeitura e à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do
Ministério do Trabalho e Emprego, disponível até 2013. Com isso,
teríamos as principais informações da economia formal. No entanto,
vale destacar alguns setores e instituições tradicionais de
Piracicaba – antigas e recentes, para mostrar quanto importante é
o setor para a economia local.
Na
próxima semana, darei continuidade a este artigo, trazendo exemplos
por áreas de projetos relacionados à Economia Criativa.
Barjas
Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário