sábado, 11 de junho de 2016

Avenida Francisco Luiz Razera: outro bom exemplo de “Parceria Público-Privada”

Barjas Negri
No Plano de Mobilidade de Piracicaba, a construção de rotatórias, o alargamento de avenidas, a pavimentação de vias e o asfaltamento de pequenos trechos que faziam a ligação entre um bairro e outro sempre foram prioridades.
Foi assim com a pavimentação da Avenida Pompeia, com o alargamento da Avenida Rio das Pedras, com a pavimentação da Avenida Cristóvão Colombo, com a duplicação da Estrada do Bongue/Avenida Jayme Pereira, com a ligação da Rua Pio Sbrissa com a Avenida Rui Teixeira Mendes e com a construção de inúmeras rotatórias que contribuíram para melhorar o trânsito ou evitar que ele se agravasse.
Neste artigo, quero destacar uma experiência muito gratificante, envolvendo a Prefeitura de Piracicaba, por meio das secretarias de Obras, de Trânsito e Transportes e da Procuradoria Geral, e diversos parceiros privados como a Master Móveis, a Coplacana, a Cominpa, além de proprietários de glebas urbanas nas regiões próximas ao Jardim Caxambu, Jardim Califórnia e Água Branca, e nas proximidades da Avenida Comendador Luciano Guidotti, na altura do Cemitério Parque da Ressurreição.
No trecho que vai da Avenida Comendador Luciano Guidotti em direção à Água Branca/Bairro Ary Coelho, passando por trás da Coplacana e em frente à Master Móveis, havia a Avenida Francisco Luiz Razera, num trecho duplo de aproximadamente um quilômetro, sem pavimentação asfáltica, todo cascalhado e com manutenção precária, por onde trafegavam muitos veículos, incluindo caminhões que atendiam às empresas da região. Além disso, havia inadequada ligação com a Avenida Comendador Luciano Guidotti, para transtorno de todos.
Preocupado com a situação, o governo municipal se articulou com os empresários locais e propôs uma parceria para importante projeto de requalificação da via, visando principalmente a pavimentação da Avenida Francisco Luiz Razera em pista dupla e melhorando a ligação de acesso à Avenida Comendador Luciano Guidotti. Após inúmeras reuniões, a Prefeitura elaborou o projeto-executivo das obras, fez o orçamento e preparou o processo licitatório estabelecendo valiosa parceria com financiamento participativo, para pavimentação asfáltica, implantação de galerias pluviais, incluindo a rede de energia elétrica e iluminação pública. Aos proprietários dos imóveis e das glebas urbanas, coube a maior parte do financiamento.
Num prazo inferior a dois anos tudo foi executado, permitindo a melhoria da região, o surgimento de novos loteamentos e o crescimento urbano regional. Também foi aproveitada a obra de arte até então não utilizada da Avenida Comendador Luciano Guidotti para fazer uma alça de acesso passando por baixo da avenida, facilitando o trânsito da região.
Ao mesmo tempo, a Prefeitura aproveitou a oportunidade para regularizar um processo desapropriatório da Avenida Comendador  Luciano Guidotti, que se arrastava por mais de 40 anos, resolvendo pendências de não pagamento de desapropriação e do IPTU de todo esse período, numa ação de interesse público que estava longe de ser resolvida.
Não fosse a ação dos empresários locais e do desprendimento da equipe técnica da Prefeitura, não teríamos essa importante avenida toda asfaltada que beneficia a cidade e a região, contribuindo para a sua urbanização. Essa foi mais uma “parceria público-privada” que valeu a pena.                      

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

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