segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Coragem e decência - FHC - Estadão

Muito interessante o artigo do ex-presidente FHC, publicado no Estadão do final de semana. Recomendo a leitura


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

 
No último dia dia 13, o ITV fez mais um evento com o prefeito Barjas Negri. Desta vez, discutiu-se a crise fiscal pela perspectiva dos municípios. O seminário serviu de base para a coluna desta semana do senador José Aníbal no Blog do Noblat: Os dois grandes desafios nacionais

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Seminário do ITV debateu crise

Gestores municipais, especialistas em finanças públicas e universitários participam, ontem, da segunda edição do seminário "Os municípios e seus desafios - crise fiscal, planejamento e investimento", realizado pelo Instituto Teotônio Vilela em São José dos Campos. O objetivo foi debater como as administrações vêm trabalhando em um contexto de severas restrições fiscais, a fim de sanear contas e possibilitar a retomada dos investimentos.

O evento integra uma série de iniciativas do ITV, em parceria com universidades e prefeituras, para a promoção de debates voltados à gestão pública e à formulação de políticas públicas. Aprimeira edição do seminário aconteceu em na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, no dia 11/08. 

Em São José dos Campos, além do prefeito da cidade, Felício Ramuthparticiparam os prefeitos de Piracicaba,Barjas Negri; de Taubaté, Ortiz Júnior; de Santo Antônio do Pinhal, Clodomiro Júnior (também presidente do Codivap - Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba); e o ex-prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos. O seminário foi moderado pelo presidente do ITV, José Aníbal, e contou ainda com palestra do professor Nelson Marconi, da FGV-SP.

Marconi é especialista em economia do setor público, e passou um panorama da crise fiscal nacional e seus impactos sobre os municípios. Já os prefeitos falaram sobre como têm atuado para construir soluções técnicas e políticas nesse cenário de instabilidade.



segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Resenha Paul Singer

Olhando documentos antigos do meu arquivo pessoal, achei a resenha do professor e economista Paul Singer a respeito de minha tese de doutorado "Concentração e desconcentração industrial em São Paulo - 1880 - 1990", publicada no Jornal da Tarde em fevereiro de 2008. Compartilho com vocês.


terça-feira, 22 de agosto de 2017

INDÚSTRIA DE PIRACICABA MOSTRA RECUPERAÇÃO E COMEÇA A CONTRATAR


A recessão do triênio 2014-2016 afetou profundamente a indústria de Piracicaba, especialmente na produção de máquinas, equipamentos, material de transporte e insumos. Caíram as vendas e o emprego industrial: de acordo com a CAGED, do Ministério do Trabalho foram perdidos 7.806 empregos nas indústrias de Piracicaba.
Para 2017, os dados disponíveis mostram uma recuperação, ainda que lenta, mas traz um alento par a indústria da cidade com alguns setores apresentando crescimento, em especial os que atuam na exportação: de janeiro a julho de 2017 foram gerados 1.255 novos empregos com carteira assinada,
enquanto no mesmo período dos anos anteriores ocorreram demissões. O resultado ainda é pequeno mas é um bom começo.

EVOLUÇÃO DOS EMPREGOS GERADOS NA INDÚSTRIA DE PIRACICABA  NO PERÍODO DE JANEIRO A JULHO DE 2014 A 2017


ANOS - EMPREGOS CRIADOS/PERDIDOS
2014 - 1.417
2015 - 3.640
2016 - 559
2017 + 1.255

FONTE: MINISTÉRIO DO TRABALHO – CAGED

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Abrace o XV


A nossa campanha começa com o Prefeito Barjas Negri.  Abrace o XV você também, tornando-se sócio torcedor, compartilhando este vídeo com os seus amigos ou contribuindo com aquilo que não lhe fará falta  (veja os dados para depósito em conta ao final do vídeo). Piracicaba merece um XV forte e competitivo!

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Festa do Vinho de Santana – 10 anos de alegria e tradição


A hoje tradicional Festa do Vinho de Santana começou em 2008 como um almoço para alavancar as ações da recém-criada Cooperativa de Vinhos de Santana e Santa Olímpia (Coopervin). Produzir o próprio vinho sempre foi tradição nas famílias dos bairros e elas decidiram pela sua organização produtiva, envolvendo a comunidade. A Cooperativa foi se especializando, capacitando seus participantes, recebendo assessoria do Sebrae em tecnologia, fabricação, agronomia, curso de empreendedorismo, e, com fortes parcerias com o Senac e a antiga Setur, hoje SemacTur, Secretaria Municipal de Ação Cultural e Turismo, a cada ano torna-se mais atrativa.
As comunidades de Santana e Santa Olímpia formam um conjunto de descendentes de italianos chegados ao Brasil da região do Tirol, no final do século XIX, em 1892. Unidos, eles conservam o modo de vida de seus antepassados com muito orgulho. E Piracicaba se orgulha disso. Visitar aquela região é como entrar em um vilarejo europeu.
Eles levam as tradições muito a sério, a ponto de todos os moradores aprenderem o italiano tirolês desde pequenos, o que resulta em um sotaque bem característico. Também mantêm trajes tradicionais, grupos folclóricos e cultivam seus pratos típicos. Festeiro, o grupo praticamente original, tem cerca de sete sobrenomes, formando uma grande família.
A primeira grande festa da comunidade de Santana é a do Vinho que, desde sua primeira edição, tem o apoio da Prefeitura para este evento que já está integrado ao calendário turístico do município. Num resgate das tradições, a Coopervin, produz atualmente cerca de 20 mil litros ao ano, nas variedades tinto, rosé, branco, espumantes, além de geleias e sucos. Na Festa do Vinho tudo isso será servido para acompanhar os pratos típicos, como canederli, cuccagna, crauti, porpeta, strangula preti, grostoli, todos trazidos pelos seus ancestrais do Norte da Itália, da Áustria e da Suíça.
A praça recém revitalizada e todo seu entorno está pronta para receber um público estimado em 20 mil pessoas. Para chegar a isso, foram meses de trabalho voluntário e planejamento de toda comunidade, coordenado pela diretoria da Associação de Moradores do Bairro Santana. E eles se envolvem por considerar este momento muito importante, por resgatar sua tradição cultural, além de proporcionar a união de todos em prol da arrecadação de fundos para serem reinvestidos em espaços de convivência do próprio bairro. São mais de 300 moradores de todas as idades, ajudando e trabalhando para o sucesso do evento.
E este é um belo exemplo a ser seguido por todas as comunidades. Como já dito aqui, a Administração os apoia e auxilia, mas é o trabalho e o envolvimento das pessoas que leva a Festa do Vinho de Santana ao sucesso que é. Com esta iniciativa que comemora uma década de aceitação, o bairro viu crescer o interesse do público por suas tradições e atrativos turísticos, promovendo geração de mais trabalho e renda para comunidade e alavancando outros negócios, como os contemplados pelo turismo rural, setor em franco crescimento. É o caso da chamada Rota Tirolesa, que leva grupos a percorrer os bairros, descobrindo a cultura regional e também a beleza natural da cidade, acrescida pela oportunidade de participar da colheita das uvas cultivadas nas encostas.

Voltando à Festa do Vinho de Santana, que abre a temporada trentino-tirolesa para a cidade e região, convido a todos para participar e conhecer mais desta cultura e gastronomia. Daqui a pouco tempo, confirmando a fama de festeiros, eles também nos oferecerão a Festa da Polenta, desta vez em Santa Olímpia. Vale a pena prestigiar a iniciativa. Finalmente, meus parabéns a toda comunidade que trabalha unida e apresenta excelentes resultados, como esta festa!


Barjas Negri, prefeito de Piracicaba

terça-feira, 18 de julho de 2017

Mortalidade infantil, uma luta que precisa se renovar a cada dia

Barjas Negri - Publicado no Jornal de Piracicaba - 05/11/2011

A redução da mortalidade infantil não é resultado de um trabalho simples em nenhuma parte do mundo, muito menos em países pobres ou em desenvolvimento, como o Brasil, porque envolve infraestrutura urbana, condições socioeconômicas e aspectos culturais da população. Exige ainda envolvimento do poder Público e da sociedade para enfrentar, juntos, os problemas sociais que ampliam os riscos para que a gestação e o pós-parto sejam saudáveis.
Não adianta apenas melhorar a qualidade de atendimento do pré-natal nos postos de saúde, por exemplo, se a mãe está em uma favela sem saneamento básico e água potável. O monitoramento tem que levar em consideração, além das condições de vida dos atendidos, as características de saúde da futura mãe: se ela é diabética, hipertensa, tem vícios ou toma algum tipo de medicamento específico. As variáveis que influenciam no sucesso ou não de uma iniciativa são muitas.
Os hospitais precisam estar preparados para oferecer um bom serviço de parto e orientação. A amamentação tem que ser estimulada à exaustão. O apoio à mãe e ao bebê precisa ter sequência depois que a criança nasce, até que complete pelo menos um ano de vida. As vacinas precisam estar disponíveis nas unidades de saúde e as mães precisam vacinar seus filhos. Devido a essa complexidade, que exige uma estrutura funcional, coordenada por pessoas conscientes de seu papel, o Brasil tem melhorado lentamente no ranking mundial de mortalidade infantil, com avanços mais rápidos em regiões onde a situação socioeconômica é mais adequada.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), de 22.5 mortes para cada mil crianças nascidas vivas, registradas em 2004, o índice de mortalidade infantil no Brasil baixou para 21.7, em 2010. No Estado de São Paulo eram 14.5 mortes em 2004 e declinou para 11.9. Em Piracicaba, no mesmo período, a taxa foi reduzida de 14.9 para 10.4. Ou seja, a situação de São Paulo é muito melhor que a do Brasil e Piracicaba, que estava acima da média estadual, agora se encontra abaixo, o que a coloca próxima de regiões, em que a taxa média não passa de um dígito.
Para alcançar esse índice, desde 2005 colocamos na rua o programa “Pacto pela vida, contra a mortalidade infantil”, amparado em um leque de ações do governo municipal, envolvendo parcerias com o governo estadual e entidades assistenciais, ampliação dos serviços oferecidos pelos hospitais, ONGs e a Central da Gestante, bem como com o apoio da Atenção Básica, ou seja, das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Programa de Saúde da Família (PSF).
Por intermédio do Centrus, a Secretaria Municipal de Saúde intensificou o serviço de monitoramento às gestantes de alto risco e adolescentes, que passaram a receber cuidados diferenciados. As equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) foram treinadas especificamente para fazer valer o Pacto, dando toda a assistência necessária. As unidades de saúde facilitaram os exames de pré-natal. A estratégia deu certo porque protegeu a gestante de forma que ela desenvolvesse uma gravidez saudável e, consequentemente, tivesse filhos saudáveis.
O fortalecimento da parceria com a Pastoral da Criança foi fundamental, porque a entidade já tinha experiência para esse tipo de serviço e penetração junto à população mais carente. O mesmo se deu com as demais organizações sociais que têm a mãe e o bebê como foco de suas atuações. Todos os hospitais da cidade encamparam a proposta capacitando suas equipes.
Paralelo a isso, o Semae e a Empresa de Desenvolvimento Habitacional (Emdhap) trabalharam pesado na urbanização de favelas, subsidiando o fornecimento de serviços públicos essenciais à população carente, como água potável – dentro do programa Água para Todos, do Semae – e energia elétrica, além da universalização da coleta de esgoto. Foram várias as intervenções nesse sentido, beneficiando centenas de famílias. Para citar como exemplos, temos os núcleos do Cantagalo, MAF, Maria Cláudia e Esplanada, alguns dos mais conhecidos, agora transformados em bairros.
O resultado? Conseguimos salvar em seis anos 132 bebês, que teriam morrido não fosse todo esse empenho sincronizado. Este número, por si só, já é motivo de comemoração. Em reconhecimento ao nosso trabalho, em 2008, o projeto “Pacto pela vida contra a mortalidade infantil” ganhou dois prêmios do Ministério da Saúde. No entanto, não podemos esquecer que este é o tipo de trabalho que não tem fim e precisa ser melhorado ano a ano, sob o risco de retrocesso em caso de afrouxamento. Só assim a cidade poderá, o mais breve possível, se consolidar no ranking dos municípios com índice de mortalidade infantil na casa do um dígito, salvando a vida de um número maior de crianças.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Plante vida, 10 anos e mais de 50 mil árvores plantadas

 Neste mês, quando se comemora a Semana do Meio Ambiente com muitas atividades, uma delas me chama bastante a atenção. Neste sábado (10), vamos plantar cerca de 100 novas mudas de árvores na área de lazer do Castelinho (rua José Rosário Losso), ação que faz parte do programa Plante Vida: nascemos juntos para viver!, que, coincidentemente, completa 10 anos, dando muitos frutos e causando emoções.
Foi em 2006, ainda na minha primeira gestão, numa audiência com técnicos do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), que apresentei a proposta do Plante Vida para mobilizar a sociedade, a partir da criação de um programa envolvendo os pais e mães de todas as crianças que nasciam na cidade. A ação, tecnicamente bastante simples, consistia em plantar uma árvore para cada piracicabaninho que viesse à luz. A ideia foi incorporada a um projeto maior, que era o Piracicaba Mais Verde.
Em 2007, mesmo tendo começado de forma tímida, o programa ganhou a adesão das maternidades da Santa Casa, Hospital dos Plantadores de Cana e do Hospital Unimed. Mas, o fator determinante de sucesso foi o envolvimento de pais, mães, titios e titias, avós e avôs, que garantiram sua evolução e continuidade. Todo grande plantio é marcado por muita emoção dos parentes dos bebês que prestigiam o evento.
O Centro de Comunicação Social desenvolveu uma folheteria específica para o programa, que permitiu a divulgação junto aos pais e mães e também na mídia. Ao longo destes 10 anos, a cada período de dois ou três meses, a Sedema agenda um grande plantio de árvores nas mais diversas áreas públicas da cidade.
Assim, neste sábado, simbolicamente, com o plantio de mais 100 novas mudas, somente o Plante Vida será responsável por 50 mil novas árvores na cidade. Esse é um número para se comemorar porque neste mesmo período nasceram em Piracicaba cerca de 50 mil bebês. Claro que, os números do programa Piracicaba Mais Verde são bem mais expressivos: foram inseridas mais de um milhão e cem mil novas mudas de árvores nas zonas urbana e rural.
A cada plantio, os técnicos da Sedema escolhem as espécimes. Nestes 10 anos foram plantadas mudas de Pau-Mulato, Samaneiro, Jequitibá-Rosa, Jequitibá-Branco, Cedro-do-brejo, Eucalipto Vermelho, Talauma, Ipê-Rosa, Ipê-Branco, Oiti e tantas outras.
Como todo projeto ou programação municipal, o Plante Vida vai além do plantio bimestral ou trimestral em áreas públicas. Os pais e mães convidados pelo NEA/Sedema são informados que existem três formas de participar do programa que são: o plantio em calçadas indicado pelos pais e mães; o plantio em área particular, quintal ou chácara, com mudas doadas pela Sedema ou o plantio em área verde. Nesta última alternativa está o plantio comunitário, como o que acontece sábado, na área de lazer do Castelinho.

Sinto, não apenas a satisfação da cumplicidade social num projeto ambiental, mas também o prazer de registrar uma forte ação pública na reconstrução das nossas matas, com a inserção de árvores nativas que, em nome do progresso, foram retiradas do território piracicabano. Num momento em que assistimos o mundo todo preocupado com os prejuízos advindos do efeito estufa, fazemos nossa lição de casa ao lado dos pais e mães de nossas crianças. É somente um pequeno passo, mas certamente, no futuro, sentiremos seus efeitos. Mas, mais que tudo isso, fica a alegria que vemos em muitos momentos em que pais, mães e famílias inteiras voltam ao local do plantio para verificar como está crescendo a mudinha plantada para o João, a Maria, o Francisco, para o seu filho que cresce junto com aquela árvore!

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba