Publicado no JP dia 10/10/2015
O Aterro do Pau Queimado, implantado nos anos 70, cumpriu sua missão por mais de 30 anos, até que foi interditado pela Cetesb em 2007, obrigando a Prefeitura a recorrer ao Aterro Sanitário de Paulínia, com elevados custos para a municipalidade.
Trabalhavam informalmente no Aterro do Pau Queimado mais de uma centena de pessoas como “catadores” de material reciclável, em condições degradantes e bastante insalubres, mas que garantia a todos uma renda de subsistência que, da noite para o dia, perderam suas ocupações e perderam suas rendas de sobrevivência.
Por outro lado, a coleta seletiva havia sido iniciada em 2001, com o apoio da Prefeitura e da sociedade local, com um projeto-piloto em três bairros da cidade. Funcionava em prédio alugado na avenida 31 de Março, onde trabalhavam pouco mais de 10 pessoas na Cooperativa do Reciclador Solidário. Em paralelo, também com o apoio da Prefeitura e da sociedade local e, em parceria com o Centro de Reabilitação, foi implantado o Reciclar 2000, com atividades em prédio alugado na Vila Independência, onde passaram a trabalhar pouco mais de 20 pessoas. Com isso, a coleta seletiva chegou em 2011 a atender 29 dos 68 bairros urbanos da cidade.
Nesse período ocorreram várias modificações no ciclo operacional, com o Reciclador Solidário tendo sido transferido para outros endereços e, posteriormente, para o bairro das Ondas, onde se localiza até hoje e as atividades do Reciclar 2000 foram interrompidas após cinco anos de operação. Além disso, a Cooperativa do Reciclador Solidário acolheu parte das pessoas que trabalhavam no Aterro Sanitário do Pau Queimado chegando a ter cerca de 80 cooperadores trabalhando. Atualmente, a Cooperativa conta com 57 cooperados.
A Prefeitura continuou apoiando o Reciclador Solidário, aportando recursos para a manutenção de suas atividades no importante espaço físico alugado no bairro das Ondas e assumiu o compromisso de construir uma nova sede, ao lado da Central de Tratamento de Resíduos no bairro Palmeiras, que deverá ser cedida à Cooperativa com o aval da Câmara de Vereadores, permitindo a ela investir na modernização dos equipamentos e na captação de recursos externos.
Para dar conta das decisões e metas do Plano Nacional de Resíduos aprovados em 2010, além de incentivar e fortalecer o trabalho de cooperador, era preciso ir além dos trabalhos até então desenvolvidos, que deixava de atender 39 bairros da cidade, impossibilitando chegar ao índice satisfatório necessário à sustentabilidade de uma cidade como Piracicaba. É isso que pretendemos mostrar com as ações promovidas à partir de 2012, na continuidade deste artigo.
Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário