segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O Cemitério da Vila Rezende e a sua recuperação gradativa

Barjas Negri - Publicado no JP 31/01/2015

No início dos anos 2000, o Cemitério da Vila Rezende, administrado pela prefeitura, por meio da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente - Sedema, passava por enormes dificuldades, devido às restrições orçamentárias, o que resultou em uma série de problemas que constrangiam os servidores e familiares que participavam dos velórios de seus entes queridos ou mesmo a população que fazia visitas periódicas aos túmulos de seus amigos e parentes.
Logo na entrada, o que se via eram má-conservação dos jazigos e arruamento sem pavimentação asfáltica, que ficava cheio de buracos e com muita lama durante o período de chuvas.
Além disso, a iluminação era deficitária, o que transmitia muita insegurança nas pessoas que precisavam passar a noite inteira nos velórios.
A falta de manutenção atingia até mesmo os velórios, cujos ambientes apresentavam muitas infiltrações e goteiras por toda parte.
Eles também não ofereciam a menor infraestrutura.
Os banheiros precisavam de uma reforma urgente e não havia, sequer, pias nas cozinhas.
Na mesma área do cemitério funcionava o Instituto Médico Legal - IML, que também estava em condições totalmente inadequadas e precisava ser transferido dali para um local mais apropriado.
Ao assumir a Prefeitura, em 2005, fizemos um trabalho conjunto, que envolveu as secretarias de Finanças, do Meio Ambiente e de Obras, a fim de apresentarmos uma solução rápida e eficiente para o cemitério.
A Secretaria de Finanças, comandada por José Ademir Leite, assumiu o compromisso de alocar recursos adicionais ao longo dos anos, para a realização das obras, que foram dividas em duas etapas.
Na primeira etapa, a Sedema, coordenada por Rogério Vidal, reformou os três velórios, os banheiros e instalou as pias nas cozinhas.
Também executou a terraplanagem, reconstruiu guias e sarjetas e fez a primeira etapa da pavimentação, com 1.000 metros quadrados, que contemplou o acesso à entrada principal do cemitério e também as vias próximas dos velórios.
Na segunda etapa, sob a responsabilidade da Semob, tendo como secretário o engenheiro Paulo Prates, todas as vias internas do cemitério foram pavimentadas e passaram a contar com guias, sarjetas e rampas de acesso para pessoas com deficiência.
Também foram feitas revisões em toda a parte elétrica e hidráulica.
Outras intervenções foram feitas, como a melhoria da iluminação, por exemplo.
Mas a mais importante foi a articulação com o Governo do Estado, que forneceu o projeto e os recursos para construir e implantar o Instituto de Criminalística - IMC, incluindo o novo IML, em uma área da Prefeitura contígua ao cemitério, dando melhores condições de atendimento, além de mais agilidade nos trabalhos, uma vez que com a nova estrutura outros servidores puderam ser contratados.
Outra parceria, realizada com o Lar dos Velhinhos, sob a presidência de Jairo Mattos, resultou na construção da capela do Cemitério da Vila Rezende e áreas prioritárias para os moradores do Lar que viessem a falecer.
Mais recentemente, a Prefeitura concluiu as obras de reconstrução dos sanitários do cemitério.
Os banheiros estavam com as estruturas e instalações comprometidas.
Por isso, foram demolidos e reconstruídos no mesmo local.
Os novos sanitários são acessíveis a pessoas com deficiência, têm rampa para cadeirantes e ducha higiênica para ostomizados.
Com todas as melhorias executadas, hoje, o Cemitério da Vila Rezende pouco lembra o local praticamente abandonado do início dos anos 2000.
Agora, é possível velar parentes e amigos com, pelos menos, um mínimo de conforto, para enfrentar um momento que, por si só, já é tão difícil.
Além disso, é a nossa última morada e deve receber atenção dos governantes e também da população.

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