O jornal FOLHA
CIDADE publicou no final do mês passado o
meu artigo “Bons lugares para serem
visitados gratuitamente (I). Nele, indico
pontos turísticos e culturais de Piracicaba que, realmente, são
acessíveis a pé, de ônibus e mesmo de carro. E o que é melhor,
gratuitamente. Bom passeio por Piracicaba!
Abaixo segue a integra
do primeiro texto.
Bons lugares para serem visitados gratuitamente (I)
Barjas Negri
Piracicaba tem bons lugares culturais e de recreação que podem ser visitados, quase todos os dias e, o melhor, gratuitamente. São bem localizados, o que facilita o acesso a pé, por transporte público ou carros particulares. Qualquer pessoa pode fazer um bom roteiro e apreciar as boas opções que a cidade nos oferece.
Vamos começar pelo que é, definitivamente, o maior símbolo da beleza de nossa cidade: o Rio Piracicaba. Um passeio pelas redondezas do rio já é uma fonte imensurável de bem-estar. Neste primeiro roteiro, vamos falar sobre as atrações que ficam à sua margem direita, e o Parque do Mirante é, sem dúvidas, um dos pontos altos do lugar.
Logo na entrada do Parque está o Núcleo de Educação Ambiental - NEA, no prédio onde funcionava o restaurante Mirante. Ao lado do NEA fica o Aquário Municipal, cuja visita é imprescindível. Instalado num dos pontos turísticos mais tradicionais da cidade, o Aquário tem mais de 80 espécies de peixes, reunindo cerca de 3 mil exemplares. O espaço conta com três aquários, cada um com capacidade de 2.400 litros, divididos em Pequenos do Nosso Rio Piracicaba, Pequenos da Amazônia e Exóticos do Mundo Todo.
A variedade das espécies e ecossistemas também se destaca em três lagos ornamentais. No Gigantes do Brasil e Gigantes do Nosso Rio estão peixes brasileiros como tucunaré, pacu, pirarucu, pintado, dourado e piramboia. Já no Lago das Carpas estão mais de 50 delas, dando um colorido especial ao belo cenário. Um dos lagos foi projetado para permitir ao visitante tocar nos peixes.
Depois de visitar o Aquário, caminhar calmamente pelas alamedas do Parque do Mirante é uma excelente pedida. Além da beleza do lugar, o parque oferece a opção de contato único com as árvores nativas - muitas delas catalogadas - e vegetação típica de nossa cidade. No percurso, uma pausa para admirar um painel confeccionado em mosaico pela artista plástica Clemência Pizzigatti e seus alunos, que retrata a fundação de Piracicaba e seu desenvolvimento agroindustrial.
No final do parque, o encontro com o Salto, conhecido como Véu da Noiva, uma referência à forma Piracicaba é chamada – Noiva da Colina. Nada comparável à sensação de caminhar por lá apreciando a beleza natural do Piracicaba, se refrescando com as águas que espirram do Salto, com o barulho e turbulência inconfundíveis de seu rolar pelas pedras e observar a sua calmaria e aves descansando serenamente em pedras ou passeando sobre um troco de árvore que desce rio abaixo.
Saindo do Parque, vale a pena percorrer alguns metros pela av. Maurice Allain e chegar ao Engenho Central, um dos nossos mais famosos cartões-postais. Com seus diversos galpões de arquitetura francesa, o Engenho foi comprado e pago pela Prefeitura durante a minha gestão. São 80 mil metros quadrados de área construída e se constitui no prédio histórico mais fotografado de Piracicaba.
Fundado em 1881, era uma usina de cana-de-açúcar. Desativado em 1974, foi reconhecido como patrimônio histórico e transformado no mais importante espaço de eventos culturais de nossa cidade, ganhando, inclusive, um novo teatro – o Teatro Erotides de Campos –, em um prédio totalmente restaurado, onde funcionava a destilaria de álcool do Engenho.
Atualmente, o Engenho é palco do Salão Internacional de Humor, da Festa das Nações, da Paixão de Cristo, do Festival de Circo, dentre tantas outras atrações. Mesmo não havendo nenhum evento, o Engenho, por si só, já é uma atração. Caminhar observando suas construções antiguíssimas, a beleza do rio e de Piracicaba inspira a todos. Artistas, turistas e moradores locais, ninguém resiste aos seus encantos. Impossível sair de lá sem tirar uma bela foto para guardar para sempre as memórias do lugar.
Duas passarelas sobre o rio integram o Engenho ao Complexo da Rua do Porto, localizado na margem esquerda do rio. A primeira fica em frente ao Centro Cultural e Administrativo Eugênio Nardin; a segunda, mais abaixo, no bosque do Engenho. Esta foi construída durante a minha gestão e é um atraente ponto turístico devido à sua posição privilegiada em relação às belezas do rio.
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