sexta-feira, 22 de maio de 2015

Piracicaba Novos tempos, novos caminhos (I)

Lançado em 2012, o livro reúne uma série de artigos que mostram experiências de oito anos à frente da Prefeitura. Como a edição foi limitada e muitas pessoas ainda me perguntam sobre o livro, decidi, a partir de hoje, publicar os artigos no Blog. Agora, todos podem ler e compartilhar! O primeiro artigo "Engenho Central: a memória que se projeta no tempo e mostra a sua força", publicado no Jornal de Piracicaba no dia 19 de maio de 2012. Aproveito para recordar este artigo, porque nesta semana foi lançada a primeira célula do Museu da Cana-de-Açúcar. Boa leitura!

Engenho Central: a memória que se projeta no tempo e mostra sua força

Barjas Negri - Publicado JP 19/05/2012

O Engenho Central é uma referência fundamental para todos nós. Quem quer que o visite, fica impressionado com sua estrutura monumental, seu potencial turístico, por trazer cravada em sua arquitetura mais de 100 anos de história e também, por estar em uma área nobre, privilegiada. Os piracicabanos o têm como um ícone de resistência à memória.

Ao se deparar com as obras que lá estão em andamento como o Museu do Açúcar, a nova passarela ligando à Avenida Beira Rio e Rua do Porto, a outra ponte do Mirante e toda a extensão do projeto Beira-Rio, o turista percebe, rapidamente, que aquele patrimônio está se tornando o centro de um complexo cultural, educacional e gastronômico. Também merece destaque a instalação do piso intertravado, com todo cabeamento de telefonia, instalações elétricas primária e secundária, rede de iluminação, de águas pluviais e de incêndio, além do sistema de drenagem. Tudo está concluído e mais importante: subterrâneo e seguro como pedem as modernas edificações. Há, ainda, o restauro dos Armazéns 14 e 14A. No primeiro que homenageou o cartunista Henfil, acontece o Salão Internacional de Humor e o segundo, tornou-se a sede administrativa do complexo do Engenho.

Hoje, aquele sítio arquitetônico atende do lazer à cultura, passando pelos projetos sociais com a Festa das Nações, pelo incentivo à ciência e tecnologia com o Simtec, sem esquecer das questões ambientais cuidadas pelo Núcleo de Educação Ambiental, no Parque do Mirante, diretamente conectado ao Engenho. Nele os alunos do ensino fundamental aprendem o valor da natureza e os turistas conhecem nossas árvores centenárias.

Este salto de qualidade só foi possível a partir da superação de um antigo impasse que fazia o Engenho refém de uma questão jurídica, privando a cidade de tê-lo como seu. Depois de muita negociação, a prefeitura ao pagar um passivo de quase R$ 25 milhões, conseguiu o direito de posse da área, vinte e cinco anos depois do início do imbróglio.

Não foi um trabalho fácil. Exigiu muita ousadia e jogo de cintura. O precatório assumido em 2008, teve sua última parcela paga neste ano. Mas desde a data do acordo a prefeitura se antecipou e começou a investir pesado para restaurar e equipar este patrimônio e entregá-lo renovado à população. Com isso, este que foi escolhido como uma das 7 Maravilhas de Piracicaba, junto com o nosso rio, a Rua do Porto e o Parque do Mirante, já recebeu outros R$ 25 milhões em investimentos de infraestrutura, paisagismo, obras de restauro e reforma, para a composição do complexo cultural, educacional e gastronômico, resumindo um aporte total de quase R$ 50 milhões em cinco anos.

O complexo Engenho Central tende a se projetar na região como um centro de eventos do mais elevado estilo, contribuindo para atrair turistas e empresários ávidos por novos investimentos. Seus antigos barracões deixarão de ser vistos isoladamente e essa integração vai ampliar seu potencial. A Rua do Porto ganhará com isso. O Parque do Mirante ganhará com isso. A cidade já está ganhando, e ganhará ainda muito mais.

E em mais uma demonstração concreta dessa ocupação, entregamos numa noite de terça-feira, dia 27 de março, o novo Teatro Municipal Erotídes de Campos, construído dentro do chamado Armazém 6. Um espaço cultural, com capacidade para 424 expectadores, que preserva a arquitetura original e incorpora tecnologia de altíssima qualidade, para oferecer a melhor acomodação, com uma acústica de excelência, encontrada nas melhores salas de espetáculos dos grandes centros.

Por si só, esse investimento em composição com o tradicional Teatro Municipal Dr. Losso Netto, terá condições para consolidar a cidade no eixo cultural Rio/São Paulo, do qual participava de forma tímida ao longo das últimas décadas, devido à falta de políticas públicas adequadas, redefinidas em nosso governo. O teatro será também um espaço valioso para propagar a produção teatral, musical e de dança da cidade, exatamente por estar instalado em um complexo turístico de grande visitação pública.

Até o final do nosso mandato, entregaremos à cidade o Engenho em sua nova fase. Não mais como um espaço para a lamentação de um passado recente, em que ele esteve entregue ao acaso e sem a menor perspectiva. Não mais como os cacos de uma memória que corria o risco de se perder com o tempo. Mas como a glorificação do futuro, em que ele simboliza a força da sociedade local para resgatar seus valores e dar vida a tudo que merece seu apreço.




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