Lançado em 2012, o livro reúne uma série de artigos que mostram experiências de oito anos à frente da Prefeitura. Como a edição foi limitada e muitas pessoas ainda me perguntam sobre o livro, decidi, a partir de hoje, publicar os artigos no Blog. Agora, todos podem ler e compartilhar! O primeiro artigo "Engenho Central: a memória que se projeta no tempo e mostra a sua força", publicado no Jornal de Piracicaba no dia 19 de maio de 2012. Aproveito para recordar este artigo, porque nesta semana foi lançada a primeira célula do Museu da Cana-de-Açúcar. Boa leitura!
Engenho
Central: a memória que se projeta no tempo e mostra sua força
Barjas
Negri - Publicado
JP 19/05/2012
O
Engenho Central é uma referência fundamental para todos nós. Quem
quer que o visite, fica impressionado com sua estrutura monumental,
seu potencial turístico, por trazer cravada em sua arquitetura mais
de 100 anos de história e também, por estar em uma área nobre,
privilegiada. Os piracicabanos o têm
como um ícone de resistência à memória.
Ao
se deparar com as obras que lá estão em andamento como o Museu do
Açúcar, a nova passarela ligando à Avenida Beira Rio e Rua do
Porto, a outra ponte do Mirante e toda a extensão do projeto
Beira-Rio, o turista percebe, rapidamente, que aquele patrimônio
está se tornando o centro de um complexo cultural, educacional e
gastronômico. Também merece destaque a instalação do piso
intertravado, com todo cabeamento de telefonia, instalações
elétricas primária e secundária, rede de iluminação, de águas
pluviais e de incêndio, além do sistema de drenagem. Tudo está
concluído e mais importante: subterrâneo e seguro como pedem as
modernas edificações. Há, ainda, o restauro dos Armazéns 14 e
14A. No primeiro que homenageou o cartunista Henfil, acontece o Salão
Internacional de Humor e o segundo, tornou-se a sede administrativa
do complexo do Engenho.
Hoje,
aquele sítio arquitetônico atende do lazer à cultura, passando
pelos projetos sociais com a Festa das Nações, pelo incentivo à
ciência e tecnologia com o Simtec, sem esquecer das questões
ambientais cuidadas pelo Núcleo de Educação Ambiental, no Parque
do Mirante, diretamente conectado ao Engenho. Nele os alunos do
ensino fundamental aprendem o valor da natureza e os turistas
conhecem nossas árvores centenárias.
Este
salto de qualidade só foi possível a partir da superação de um
antigo impasse que fazia o Engenho refém de uma questão jurídica,
privando a cidade de tê-lo como seu. Depois de muita negociação, a
prefeitura ao pagar um passivo de quase R$ 25 milhões, conseguiu o
direito de posse da área, vinte e cinco anos depois do início do
imbróglio.
Não
foi um trabalho fácil. Exigiu muita ousadia e jogo de cintura. O
precatório assumido em 2008, teve sua última parcela paga neste
ano. Mas desde a data do acordo a prefeitura se antecipou e começou
a investir pesado para restaurar e equipar este patrimônio e
entregá-lo renovado à população. Com isso, este que foi escolhido
como uma das 7 Maravilhas de Piracicaba, junto com o nosso rio, a Rua
do Porto e o Parque do Mirante, já recebeu outros R$ 25 milhões em
investimentos de infraestrutura, paisagismo, obras de restauro e
reforma, para a composição do complexo cultural, educacional e
gastronômico, resumindo um aporte total de quase R$ 50 milhões em
cinco anos.
O
complexo Engenho Central tende a se projetar na região como um
centro de eventos do mais elevado estilo, contribuindo para atrair
turistas e empresários ávidos por novos investimentos. Seus antigos
barracões deixarão de ser vistos isoladamente e essa integração
vai ampliar seu potencial. A Rua do Porto ganhará com isso. O Parque
do Mirante ganhará com isso. A cidade já está ganhando, e ganhará
ainda muito mais.
E
em mais uma demonstração concreta dessa ocupação, entregamos numa
noite de terça-feira, dia 27 de março, o novo Teatro Municipal
Erotídes de Campos, construído dentro do chamado Armazém 6. Um
espaço cultural, com capacidade para 424 expectadores, que preserva
a arquitetura original e incorpora tecnologia de altíssima
qualidade, para oferecer a melhor acomodação, com uma acústica de
excelência, encontrada nas melhores salas de espetáculos dos
grandes centros.
Por
si só, esse investimento em composição com o tradicional Teatro
Municipal Dr. Losso Netto, terá condições para consolidar a cidade
no eixo cultural Rio/São Paulo, do qual participava de forma tímida
ao longo das últimas décadas, devido à falta de políticas
públicas adequadas, redefinidas em nosso governo. O teatro será
também um espaço valioso para propagar a produção teatral,
musical e de dança da cidade, exatamente por estar instalado em um
complexo turístico de grande visitação pública.
Até
o final do nosso mandato, entregaremos à cidade o Engenho em sua
nova fase. Não mais como um espaço para a lamentação de um
passado recente, em que ele esteve entregue ao acaso e sem a menor
perspectiva. Não mais como os cacos de uma memória que corria o
risco de se perder com o tempo. Mas como a glorificação do futuro,
em que ele simboliza a força da sociedade local para resgatar seus
valores e dar vida a tudo que merece seu apreço.
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