terça-feira, 30 de junho de 2015

EMPREGO INDUSTRIAL: PROBLEMAS À VISTA

Barjas Negri 

Com o processo de desindustrialização que vem ocorrendo na economia brasileira, com a forte competição estrangeira de produtos industriais que são importados pelo Brasil, com a desaceleração da economia brasileira e pela falta de investimentos, a indústria brasileira e principalmente a localizada em São Paulo, está passando por enormes dificuldades, com a redução da produção e de postos de trabalho.
Em 2014, a indústria de transformação brasileira perdeu 163.817 postos de trabalho, sendo 106.276 no Estado de São Paulo, representando 64,8% do total.
Como Piracicaba é uma cidade com uma forte estrutura industrial, a situação não foi diferente: o número de postos de trabalho foi reduzido em 2.949. Esse número é superior aos 1.740 postos perdidos durante a “crise” de 2009.
O que está acontecendo em 2015 ? A indústria brasileira continua perdendo força com redução da produção e dos seus postos de trabalho. No período de janeiro a abril de 2014, a indústria de transformação brasileira já perdeu 98.053 postos de trabalho e a indústria paulista perdeu 24.679 postos de trabalho, representando 25% do total.
A situação em Piracicaba é bastante delicada pois nesses quatro primeiros meses do ano, a indústria de transformação local perdeu 826 postos de trabalhos, espalhados em dezenas de empresas de pequeno, médio e grande porte. Esse número já é maior que os 661 postos de trabalho perdidos no mesmo período de 2014 e se aproxima dos 1.104 postos perdidos na “crise” de 2009.
Com a previsão do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro cair mais de 1% em 2015, a tendência é aprofundar ainda mais o problema do desemprego industrial em todo país.
Vamos acompanhar essa questão com bastante atenção.


24/06/2015

segunda-feira, 29 de junho de 2015

EMEI Prof. Dr. Elias Boaventura: Uma homenagem a quem sempre lutou pela educação

Publicado no JP - 27/06/2015

O Jardim Chapadão localiza-se no final da Av. Pompeia, após o Jardim Alvorada, fazendo divisa com a Rodovia do Açúcar e, por estar distante dos principais centros urbanos, até 2004 o bairro praticamente não tinha equipamentos sociais.
Até o deslocamento para outros bairros da região era comprometido, porque a Av. Pompeia não era asfaltada, nem iluminada, e a Prefeitura tinha de colocar ônibus diário para o transporte de alunos para o Jardim Alvorada e Cecap/Eldorado. As crianças não ficavam sem escola, mas não havia a comodidade e vagas de educação infantil para todos perto de suas casas.
Durante a minha gestão à frente da Prefeitura de Piracicaba, foram construídas duas escolas: a primeira, de ensino fundamental e a segunda, de educação infantil. A de educação infantil, a EMEI do Jardim Chapadão, foi concluída e implantada em 2010, com vagas para berçário, maternal e pré-escola e fazia parte do plano de expansão da Prefeitura para ampliar a oferta de vagas na educação infantil na região, contemplando as famílias mais carentes e garantindo um serviço público de qualidade para as crianças de 0 a 5 anos, além de mais tranquilidade para os pais que precisava deixar seus filhos para complementar a renda familiar.
Outros equipamentos sociais, como Posto de Saúde, área de lazer e campo de futebol de areia, foram implantados no bairro durante a minha gestão como prefeito. Além disso, a Av. Pompeia foi pavimentada e recebeu iluminação pública em toda a sua extensão, principalmente nos 900 metros que fazem a ligação com o Jardim Alvorada, aproximando dois bairros numa integração comercial e social.
No entanto, devido à sua importância, a EMEI é considerada uma grande conquista pela população. Com capacidade para atender 233 crianças, em abril de 2012, por iniciativa do ex-vereador Fausto Sylvestre da Rocha – pela Lei nº 7281/2012, aprovada pela Câmara de Vereadores, a escola foi denominada “Professor Doutor Elias Boaventura”.
O professor Dr. Elias Boaventura nasceu em Coimbra (MG), em 28 de janeiro de 1937, e faleceu em 07 de janeiro de 2012. Era casado com senhora Sylvana Zein, pai de cinco filhos e avô de oito netos. Sua chegada a Piracicaba realizou-se em 1973, quando ingressou no Instituto Educacional Piracicabano como diretor-administrativo.
Teve importante participação na criação da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), onde fez o mestrado em Educação, em 1978. Em 1988, concluiu o doutorado na mesma área, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi vice-reitor da Unimep, de 1975 a 1978, e reitor por 8 anos, de 1978 a 1986. Nesse período, coordenou a fundação do Movimento Negro de Piracicaba, da Associação dos Favelados de Piracicaba e da Associação dos Funcionários do Instituto Educacional Piracicabano, da qual foi presidente de honra.
Ao longo de sua atuação acadêmica, escreveu cinco livros; teve dezenas de textos publicados em jornais e revistas. Contestador, idealizou projetos em defesa de grupos minoritários e de parcerias e convênios internacionais, criando a sua marca na educação e em outros segmentos sociais de Piracicaba e região.
Durante a sua trajetória política e acadêmica, organizou e participou de eventos de declarada oposição à ditadura militar. Como reitor da Unimep, abriu as portas da universidade e promoveu congressos políticos e populares e fundou o Projeto Periferia, que beneficiou 37 bairros da cidade com a retirada das crianças das ruas e da marginalidade, em especial com a criação de pré-escolas.
Merece destaque também a sua participação no apoio e na realização do Congresso da UNE, em pleno regime militar, no qual a Unimep teve importante papel, abrigando mais de cinco mil estudantes de todo o Brasil, que lutavam pela democratização do País.

Eu tenho orgulho de dizer que fui seu amigo e aliado na luta pelas causas sociais e políticas em nossa cidade. Poder, como prefeito na época, ao lado do então secretário de Educação, o atual prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato, descerrar a placa de denominação da EMEI do Jardim Chapadão de EMEI “Professor Doutor Elias Boaventura”, apesar da tristeza da perda de um amigo, foi motivo de alegria por ver seu nome imortalizado em uma escola.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Piracicaba Novos tempos, novos caminhos (I)


Audiências públicas e participação popular

Barjas Negri – 12/01/2013


        Desde o início do meu primeiro governo, uma das principais preocupações de nossa administração era promover a participação direta da população nas  decisões, apontando prioridades, indicando onde e quando serviços e obras se faziam necessários. Assim, ao invés de ficarmos imaginando o que o bairro precisava, fomos – prefeito, secretários e assessores – ouvir os piracicabanos antes de decidir sobre gastos públicos.
        Para facilitar essa aproximação e numa atitude da mais pura democracia, durante os primeiros anos, toda sexta-feira pela manhã, no anfiteatro do Centro Cívico, aconteciam as audiências públicas, com representantes de associação de moradores, de centros comunitários, sindicatos, entidades sociais, comissão de moradores, entre outros. O objetivo: saber das principais demandas de cada bairro, de cada segmento social.
        Com cerca de 40 audiências por ano, cada uma atendendo pelo menos 9 grupos diferentes, com a participação de cerca de 20 agentes públicos e mais de 80 pessoas da comunidade, quase todos os bairros participavam e traziam suas demandas para serem discutidas na hora.
        As equipes técnicas encarregavam-se de providenciar a elaboração de projetos e orçamentos que, tendo comprovada a viabilidade técnica de cada demanda, decidia-se pelo atendimento de acordo com o orçamento disponível. Quando isso não era possível, o tema era encaminhado para inclusão no próximo orçamento da Prefeitura.
        Por que isso era importante? Porque era a melhor forma de compreender a realidade e aproximar a burocracia pública das reais necessidades da população e atendê-la. Por último, esta era uma boa maneira para demonstrar respeito ao cidadão mais simples, que paga seus impostos e, muitas vezes, tem dificuldade de acesso ao gabinete do prefeito e de seus secretários.
        Essa experiência foi um bom aprendizado para todos: líderes populares e agentes políticos, que passaram a compreender que o Orçamento Municipal é limitado, incapaz de  atender a todas as demandas.
        Os agentes e a burocracia pública passaram a entender aindar a importância de pequenas obras para determinadas  comunidades. Assim, em poucos anos foram iluminadas centenas de vias públicas escuras, pavimentadas dezenas de pequenos trechos de ruas, construídas dezenas de escadinhas e passarelas para facilitar a mobilidade, construídos um grande número de centros de lazer e campos de futebol de areia. Tudo isso apresentado como prioridade nas audiências públicas. Sendo assim, esses pedidos, muitas vezes considerados modestos e insignificantes, a ponto de se perderem nos protocolos das secretarias, ganharam importância e passaram a ser atendidos quase que prontamente. Aqueles que não podiam mesmo ter continuidade, recebiam boas explicações dos motivos pelos quais não seriam atendidos.
        As entidades ou lideranças que retornavam às audiências reafirmavam ou apresentavam novas demandas para análise, como a construção de centros sociais, varejões, quadras poliesportivas, campos de futebol, creches, postos de saúde e, assim por diante. Da mesma forma, estas passavam a ser atendidas no devido tempo, após elaboração de seus projetos e da definição de custo desses equipamentos.
        Foi um aprendizado importante para todos que passaram a conhecer melhor os limites da peça orçamentária, tão desconhecida, ao mesmo tempo em que se mostrava que apesar das limitações, o Orçamento Municipal tinha espaços significativos para ajustes, com base nas prioridades definidas pela população.


Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A ECONOMIA PAULISTA CONTINUA CAINDO

A Fundação SEADE divulgou que a Economia Paulista, que representa 28,7 % de todo o Produto Interno Bruto – PIB do Brasil, caiu 1,1% em março de 2015, quando comparado a março de 2014.
O que mais preocupa é a queda mensal e consecutiva nos últimos 13 meses, indicando um quadro de “recessão”.
A economia do Estado de São Paulo teve uma queda de 3,0% nos últimos 12 meses que se encerraram em março de 2015. A indústria de transformação teve uma queda expressiva de sua atividade econômica: - 6,6% nos últimos 12 meses encerrados em março de 2015.
Esse fenômeno se arrasta por todo interior paulista, principalmente nas cidades médias e mais industrializadas como Piracicaba, Rio Claro, Limeira, Jundiaí, Sorocaba, Campinas, Sumaré e São José dos Campos. Isso reflete no emprego industrial dessas cidades.
TABELA 1. TAXAS DE CRESCIMENTO DO INDICE DE VOLUME DO PIB DO ESTADO DE SÃO PAULO - MARÇO DE 2014 A MARÇO DE 2015
MESES
MÊS/MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR
ÚLTIMOS 12 MESES/12 MESES IMEDIATAMENTE ANTERIORES
mar/14
-1,6
2,0
abr/14
-3,1
1,3
mai/14
-1,0
1,0
jun/14
-3,7
0,5
jul/14
-2,8
0,0
ago/14
-4,3
-0,5
set/14
-3,0
-1,0
out/14
-2,8
-1,4
nov/14
-3,7
-1,9
dez/14
-1,5
-2,0
jan/15
-3,6
-2,4
fev/15
-5,3
-3,0
mar/15
-1,1
-3,0
Fonte: Fundação SEADE


3ª Festa Oriental


terça-feira, 23 de junho de 2015

DESEMPREGO ASSUSTA PIRACICABA

Nos quatro primeiros meses de 2015 (janeiro a abril) foram gerados em Piracicaba, apenas 598 empregos com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Trabalho – CAGED.
Nesse período, houve desemprego na indústria de transformação (-493) e no comércio (-720), tendo havido números positivos na construção civil (+546), no setor de serviços (+765) e na agropecuária (+264).
Na série histórica desde 2000, os 598 empregos gerados no 1º quadrimestre de 2015, só são superiores aos 335 empregos gerados em 2009, ano da crise internacional e “marolinha” no Brasil.
Vale observar que nos demais anos, Piracicaba sempre gerou mais de 1.100 novos empregos nos quatro primeiros meses de cada ano, conforme mostra a Tabela/Gráfico abaixo.

Como as economias brasileira e paulista não estão crescendo, o desemprego continua assustando Piracicaba, principalmente na indústria de transformação. Vamos ficar em alerta!
EVOLUÇÃO DOS NOVOS EMPREGOS EM PIRACICABA NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE CADA ANO: 2000-2015
ANOS EMPREGOS GERADOS DE JANEIRO A ABRIL
2000 1.340
2001 1.775
2002 2.089
2003 1.734
2004 1.275
2005 3.536
2006 3.484
2007 4.221
2008 4.634
2009 335
2010 6.697
2011 4.826
2012 1.564
2013 3.726
2014 1.151
2015 598
Fonte: CAGED - Ministério do Trabalho

segunda-feira, 22 de junho de 2015

C R A S: a porta de entrada dos serviços de proteção social de Piracicaba

Publicado no JP - 20/06/2015 – JP

O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é um sistema público que envolve os governos federal, estaduais e municipais, que organizam, de forma descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil.
Nos municípios, o atendimento é realizado pelas prefeituras, que são encarregadas de implantar os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que atuam como porta de entrada para os serviços de proteção social de famílias e indivíduos mais carentes e que vivem em situação de vulnerabilidade social e de privação ou fragilidade de vínculos afetivos.
Com estrutura técnico-administrativa adequada e profissionais especializados, como os assistentes sociais, as prefeituras implantam os CRAS necessários ao desenvolvimento de suas atividades sociais e, principalmente, arcam com os custos da operação e manutenção dessas estruturas.
No exercício do cargo de prefeito de Piracicaba (2005/2012), tive a boa colaboração profissional da secretaria municipal de Desenvolvimento Social, Maria Angélica Guércio, que, juntamente com a equipe técnica de profissionais SEMDES, montaram, aperfeiçoaram e ampliaram as unidades de atendimento à população, aproximando o atendimento socioassistencial das famílias. Para tanto, foram montados, gradativamente, os CRAS nos bairros onde havia maior vulnerabilidade social.
No decorrer dos anos, a Prefeitura de Piracicaba implantou sete (7) CRAS, sendo a maioria em prédio próprio construído para tal fim, com espaço adequado ao seu funcionamento. São eles: 1. Centro, 2. Jardim São Paulo, 3. Mario Dedini, 4. Novo Horizonte, 5. Piracicamirim, 6. São José e 7. Vila Sônia. Nas unidades instaladas nesses bairros, as ações são preventivas, de convivência e socialização, inserção e acolhimento, capacitação, apoio e acompanhamento familiar, possibilitando às famílias melhor acesso ao atendimento, reflexão e auxílio para novos projetos de vida e de melhoria nas relações sociais e familiares.
Os atendimentos - individuais, ou em grupo – que o CRAS promove, possibilita o encaminhamento para a inclusão e atualização no Cadastro Único, para acesso aos programas de Transferência de Renda, além de visitas domiciliares, orientações, concessões de benefícios eventuais e participações em oficinas.
Além disso, essas sete primeiras unidades de Piracicaba ofereceram atendimento social às famílias integradas aos Programas de Transferência de Renda como o  Bolsa Família, Renda Cidadã, Ação Jovem e o Serviço de Atendimento Integral à Família. Foram realizados trabalhos sócio-educativos com as famílias, crianças, jovens e idosos, garantindo-lhes acesso aos recursos transferidos pelos governos estadual e federal que, juntamente aos demais serviços prestados pelas equipes de profissionais da SEMDES, auxiliou essas famílias ou pessoas individuais a recuperarem e desenvolverem suas potencialidades.
Para se ter ideia da dimensão desse trabalho, vale mencionar que, no ano passado, o sistema de CRAS da Prefeitura realizou mais de 43 mil atendimentos, ou seja, acolhimentos patrocinados pelo poder Público municipal. O resultado é que Piracicaba cuida bem daqueles que mais necessitam, e é possível sempre ampliar e melhorar esse atendimento.

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Piracicaba Novos tempos, novos caminhos (I)

Parque Automotivo: emprego, renda e desenvolvimento por uma década

Barjas Negri - Publicado JP 16/06/2012

          Nosso parque automotivo é resultado de articulação do município com o governo estadual durante a gestão José Serra, com continuidade no governo Geraldo Alckmin. A leitura que se fazia na ocasião era que, nos últimos 15 anos, São Paulo havia deixado de receber montadoras em decorrência do processo de desconcentração do setor, iniciado nos anos 70, que motivou a migração de empresas e a instalação de novas unidades em outras regiões do país, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Este ciclo trouxe forte prejuízo a São Paulo, pela redução de seu potencial de geração de emprego, renda e impostos.
         Até recentemente, o Brasil contava com 19 fábricas de automóveis, mas o desempenho econômico dos países emergentes incentivou empresas internacionais a redesenharem seus planos e retomarem investimentos na América Latina. Esta era a estratégia da japonesa Toyota, da coreana Hyundai, da chinesa Chery, da italiana Fiat e da francesa Peugeot, que começaram a mapear os países da região para saber qual deles estava mais preparado para entrar no roteiro de expansão.
         Piracicaba, obviamente, se candidatou à disputa. Tínhamos claro que tais investimentos seriam imprescindíveis como multiplicadores de riqueza no município. Envolvemos toda sociedade e definimos um cronograma de trabalho que nos colocasse em vantagem competitiva frente às demais cidades. Participaram das reuniões representantes do Conselho das Entidades Sindicais, Acipi, Simespi e toda a Câmara de Vereadores, que teve papel vital ao estabelecer um ritmo extremamente veloz de trabalho para aprovar as leis e abrir a cidade a uma nova fase de desenvolvimento.
         Com apoio do governo do Estado, definimos vários investimentos em infraestrutura e na ampliação do fornecimento de energia elétrica, um problema grave que limitava a expansão de nossos distritos industriais. Assim, foram gastos milhões de reais na subestação de energia de Santa Bárbara D’Oeste, que abastece Piracicaba. Definimos também a construção de um anel viário, sem o qual o escoamento da produção ficaria prejudicado e conseguimos que a primeira etapa do projeto saísse do papel, via concessão. O Parque Automotivo que está quase pronto, foi criado por lei, como também tivemos uma linha de incentivos às empresas que aqui se instalassem. Essas empresas estão concluindo suas fábricas, onde já trabalham centenas de pessoas.
         Todos esses preparativos tornaram Piracicaba muito atrativa. A mudança de cenário fez com que passássemos a figurar entre os maiores municípios do país em qualificação profissional – pela ampliação de escolas técnicas –, infraestrutura urbana, Parque Automotivo e facilidade de escoamento da produção. Sem contar que temos uma legislação eficiente e poderes públicos trabalhando em sintonia, com independência e sem conflitos. Como a estratégia do Estado de recuperar sua condição privilegiada para investimentos industriais também vingou, fomos bem-sucedidos. O resultado? As duas primeiras gigantes asiáticas do setor automobilístico que chegaram ao país optaram por se instalar no interior de São Paulo. A Toyota, em Sorocaba e a Hyundai, em Piracicaba. Estas, por sinal, foram as duas cidades que melhor se prepararam para a disputa.
         Assim, fomos contemplados com um investimento de R$ 1 bilhão, que vai permitir, em uma primeira etapa, a produção de 150 mil veículos/ano. A fábrica, composta pela matriz e outras empresas em cadeia produtiva, está sendo projetada para colocar no mercado latino americano 300 mil veículos/ano. Para a cidade, a expansão industrial está gerando imediatamente 4 mil empregos diretos, renda e impostos.
         Em dez anos, toda a região será beneficiada com a instalação de dezenas de pequenos e médios fornecedores de peças para atender este mercado, além do desenvolvimento do setor de logística. Enfim, Piracicaba será reconhecida como um importante parque automotivo, o que impactará positivamente no desempenho econômico regional, gerando oportunidades aos jovens que chegam ao mercado de trabalho. Tudo isso sem deixar de levar em conta a preservação ambiental, tão importante para a sustentabilidade da cidade. Com a ampliação da receita oriunda de impostos, a prefeitura terá recursos para investir ainda mais nas áreas carentes do município. Enfim, um ambiente em que todos ganham.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Professor Pasquale em Piracicaba


O professor Pasquale Cipro Neto, autor de vários livros e idealizador de programas de TV e rádio que popularizaram o ensino da língua portuguesa, participará de encontro com estudantes e educadores nesta quinta-feira, 18/06, às 15h, no Sesc, e às 20h, no Teatro do Engenho. O evento é realizado pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), Secretaria Municipal da Educação (SME), Rádio Educativa FM 105,9, e pelo Sesc.
No encontro, denominado Português – Uma Conversa Sobre a Nossa Língua, o professor Pasquale irá tratar de temas variados sobre o assunto. Ele adiantou que a abordagem será diferente nos dois momentos. Para os estudantes, ele pretende mostrar os problemas da língua e falar da necessidade de dominar a norma culta. “Também vou tratar um pouco da história na nossa língua a partir de uma canção de Caetano Veloso, chamada Língua”, disse.
A influência da internet e suas ferramentas de comunicação, como o WhatsApp, por exemplo, também estará em pauta. De acordo com ele, essa influência pode ser boa ou má, dependendo do uso que se faz dela. “Toda essa parafernália é interessante se o indivíduo souber que ele não pode ficar só com aquilo. Se ele achar que pode, em qualquer situação, usar a língua que usa no WhatsApp, ele está perdido”, avalia.
No bate-papo com os educadores, à noite, Pasquale muda o foco e fala sobre a qualidade do ensino. “Vou falar sobre o que eu acho necessário e ideal no ensino em geral”, observa.

PÚBLICO - O evento das 15h, no Sesc, será direcionado para estudantes do ensino médio e vestibulandos, com capacidade para 1.000 pessoas. A entrada é por ordem de chegada. Às 20h, no Teatro do Engenho, o encontro será voltado para educadores, que poderão comparecer após inscrição prévia na Diretoria Regional de Ensino e Secretaria Municipal da Educação. A capacidade é para 420 pessoas.

O PROFESSOR – Pasquale Cipro Neto é professor de português desde 1975 e colunista de vários jornais. Integrou o Departamento de Jornalismo da Rede Globo, de 1996 a 2011. Trabalha no jornal Folha de S.Paulo desde 1989 e atualmente realiza serviço pedagógico para assinantes de uma operadora de celular. Também foi idealizador e apresentador do programa Nossa Língua Portuguesa, transmitido pela Rádio Cultura AM e pela TV Cultura, e do programa Letra e Música, transmitido pela Rádio Cultura AM.

SERVIÇO – Encontro Português – Uma Conversa Sobre a Nossa Língua. Com o professor Pasquale Cipro Neto — para estudantes do ensino médio e vestibulandos. Amanhã, 18/06, às 15h, no ginásio de eventos do Sesc (rua Ipiranga, 155, Centro). Telefone: (19) 3437-9292, Capacidade: 1.000 pessoas. Às 20h, no Teatro do Engenho — para educadores previamente cadastrados na Diretoria de Ensino e Secretaria Municipal da Educação, que devem trocar os ingressos por um litro de leite longa vida, destinado ao FUSSP (Fundo Social de Solidariedade de Piracicaba). 
SEMAC - ASSESSORIA DE IMPRENSA - Eleni Destro

Cidadania!

A Câmara de Vereadores de Piracicaba promove neste sábado, 20, uma ação pela cidadania.
Serão oferecidos vários serviços, envolvendo mais de uma dezena de entidades. Participem e ajudem na divulgação.



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Coutinho: o Gênio da área



Muito bom o livro do jornalista e radialista Carlos Fernando Schinner, que fez a biografia do craque de futebol Coutinho, que formou o melhor ataque da história do futebol brasileiro pelo Santos, ao lado de Doval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, durante o final dos anos 50 e da década de 60. Ataque que, nesse período, infernizou muito a defesa do meu Palmeiras.
O livro resgata a história do piracicabano que, quando criança, morava na rua Silva Jardim, bairro Alto, batia bola no campo do Palmeirinha, e outros campinhos de futebol espalhados pela cidade de Piracicaba. Ele frequentava diariamente esses campinhos, porque levava marmitas para o seu pai que trabalhava no Engenho Central.
Vale a pena conhecer essa bela história de Coutinho, que junto com Pelé formou a mais vitoriosa dupla de ataque do futebol brasileiro e mundial.

O livro, publicado pela Realejo Edições, tem a “orelha” escrita pelo craque Tostão, com apresentação de José Trajano. Espero que os nossos amigos santistas e os apreciadores do futebol possam ler a história do craque Coutinho, que ao longo de sua carreira marcou 412 gols, sendo 370 no Santos F.C. 

domingo, 14 de junho de 2015

SAMU: Um atendimento eficiente

Publicado no JP 13/06/2015

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU de Piracicaba acumula anos de bons serviços prestados à população piracicabana e da região, atingindo, em 2014, aproximadamente 32 mil atendimentos.

Implantado, no final de 2004, para realizar atendimentos de emergência e urgência, os serviços começaram com uma infraestrutura incipiente, com veículos e uma equipe de profissionais de saúde da Prefeitura de Piracicaba, o que permitiu, também, a organização da Central de Regulação de Urgências, que monitora e disponibiliza as vagas hospitalares do SUS no HFC e SCM.

Ao longo dos anos, principalmente devido ao aumento da demanda e à necessidade de melhorar a eficiência, o SAMU foi sendo ampliado, mediante aquisição de novos veículos, insumos e equipamentos, bem como a contratação de mais profissionais de saúde.

 A equipe também foi sendo estruturada e treinada para agir nas mais diversas situações de urgência e emergência, sempre na expectativa de atender as demandas mais rapidamente, reduzir danos e salvar vidas. Atualmente, o quadro técnico dos recursos humanos é constituído por auxiliares e técnicos de enfermagem, seis enfermeiros, condutores-socorristas, médicos, técnicos-auxiliares de regulamentação médica, rádio-operador, pessoal administrativo e de coordenação administrativa e enfermagem, além de uma diretoria-clínica.

O SAMU está disponível à população 24 horas por dia, durante 365 dias do ano, e vem prestando um serviço ágil e eficiente, capaz de salvar vidas e reduzir os riscos das pessoas, garantindo bons serviços de saúde, com qualidade e segurança.

Está estruturado de forma a agir interligado com as UPAS e o COT, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, no atendimento e transporte das urgências, pré-hospitalar secundário e inter-hospitalar. A Central de Vagas - em prédio anexo - permite a regulação dos leitos hospitalares que dão retaguarda aos pacientes do sistema de saúde.

A construção da moderna sede própria na Avenida Dr. Paulo de Moraes na Paulista durante a nossa gestão mostrou-se estratégica, pois, com a utilização da interligação com os parceiros, dos postos descentralizados, melhoramos o tempo de resposta ao atendimento das urgências. Há condições de, em questão de minutos, o socorro chegar em qualquer ponto da cidade ou rodovias próximas, reduzindo, assim, o risco de morte ou sequelas das pessoas atendidas pelo serviço.
A frota de ambulâncias em bom estado, insumos e equipamentos disponíveis e profissionais de saúde motivados e bem-treinados são condicionantes para que a qualidade dos serviços seja mantida e aperfeiçoada.  Porém, nos últimos anos, o financiamento desse sistema vem enfrentando dificuldades, pois os custos operacionais são partilhados entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Piracicaba. O custo mensal do SAMU é de, aproximadamente, R$ 800 mil, sendo que 86% desse valor são pagos com recursos do município de Piracicaba.

Discute-se a criação do SAMU regional, envolvendo mais municípios do Aglomerado Urbano de Piracicaba. Tal iniciativa é lógica e válida. Porém, é preciso verificar a melhor forma de funcionamento de suas operações e do seu financiamento, visto que o modelo do SAMU implantado em Piracicaba, em 2004, foi criado na expectativa de que o Ministério da Saúde custeasse pelo menos 75% dos seus serviços (atualmente, financia 14%) e, no decorrer do tempo, isto não ocorreu, sobrecarregando a capacidade de financiamento da Prefeitura de Piracicaba.

Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

terça-feira, 9 de junho de 2015

CINQUENTENÁRIO DO BAIRRO SÃO DIMAS

Publicado pelo JP 06/06/2015

Em 26 de maio de 2015, tive a oportunidade de comparecer a Solenidade Oficial da Câmara Municipal de Piracicaba, em comemoração aos 50 anos do aniversário do Bairro São Dimas. A Reunião Solene foi uma iniciativa do Vereador Laércio Trevisan, morador e atuante líder do bairro.
Na ocasião, foram 26 homenageados (pessoas, empresas e entidades), que de alguma forma prestaram serviços relevantes ao bairro, ao se destacarem por suas participações e lideranças. O que me causou surpresa foi a comemoração dos 50 anos, quando se sabe que na Região temos a presença de loteamentos e residências há mais de 70 anos. De imediato o Vereador Laércio Trevisan tratou de esclarecer o assunto, e, aproveito esta coluna no JP para socializar essa questão e enaltecer a propositura do Vereador e da Câmara Municipal.
Os bairros compreendidos pelas Avenidas Renato Wagner, Centenário, Carlos Botelho, Saldanha Marinho e dos Operários, entre as quais se destacam a Vila Boyes, Vila Souza, Vila Progresso, Chácara Carmelitas, Cidade Jardim, Jardim Europa, Lara e São Dimas, receberam a denominação oficial de Bairro São Dimas em 12 de maio de 1965, através de Lei de autoria do Vereador Orlando Cárnio e sancionada pelo então Prefeito Luciano Guidotti. Por essa razão, a Câmara comemorou o Cinquentenário do Bairro.
Moradores mais antigos de Piracicaba sabem que vários desses bairros têm mais de 50 anos de idade, como é o caso da Vila Boyes com suas 104 casas, que já passou dos 70 anos.
A iniciativa de destacar a importância desse bairro deve ser louvada, pois muitos podem conhecer melhor seus importantes estabelecimentos comerciais e de serviços como o Açougue Santa Rita, o Restaurante Marron Glacê, o Restaurante Multi Sabor, o Varejão São Dimas, o Colégio São Dimas, a Escola de Educação Infantil Reino da Alegria, a FEALQ, a Sociedade Beneficente Amigos do Bairro São Dimas – SOBASDI, o Centro de Lazer do Bairro São Dimas – CELASDI e a 4ª Cia de Polícia Militar do Estado de São Paulo, todos homenageados nessa solenidade.

Além do destaque empresarial do São Dimas, vale destacar toda antiga tradição do Futebol Amador, através do Esporte Clube São Dimas, da Associação Atlética Vila Boyes, do Esporte Clube Progressinho e do Esporte Clube Centenário, de grande tradição nos anos 60 e 70. Suas duas boas Escolas Estaduais: Mello Ayres e Honorato Faustino, contribuíram para a formação de milhares de jovens que se tornaram muito importantes para o desenvolvimento da cidade.
Tive a oportunidade de ser homenageado por contribuições dada ao Bairro São Dimas, durante o exercício de Prefeito, como a remodelação do Centro de Lazer, a implantação da Academia ao Ar Livre, a remodelação da Rotatória da Av. Centenário com a Av. Torquato da Silva Leitão, pela Nova Ponte do Lar dos Velhinhos, a reativação da Base Comunitária da Polícia Militar e diversas outras benfeitorias.
Alem disso, tenho outras ligações com o São Dimas, pelo fato de sempre morar no Bairro dos Alemães e no Bairro São Judas, tendo meus três filhos estudado na EE Honorato Faustino. Na solenidade pude observar o entusiasmo de mais de uma centena de moradores que acompanharam com alegria a homenagem ao São Dimas, principalmente pelo carinho ao senhor Euclides Cruz que com seus 94 anos, representou todo o Bairro como morador mais antigo.

Que esse evento possa se repetir para outros antigos e importantes bairros de Piracicaba, permitindo contar suas histórias e homenagear aqueles que se destacaram ao longo do tempo. 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Transparência

Na primeira edição do livro PIRACICABA - novos tempos, novos caminhos, pude destacar num artigo a questão da transparência e eficiência do governo.
Vale a pena a leitura do artigo abaixo.

Transparência e eficiência devem ser  metas de qualquer governo

Barjas Negri

Falta de transparência nos gastos públicos é um problema grave em todo o Brasil. Notícias sobre desvio ou mau uso dos impostos pagos pela sociedade se tornaram recorrentes nos últimos oito anos, causando apreensão em todos os que trabalham duro para manter suas obrigações em dia.

Diante de fatos alarmantes de comprovada corrupção, envolvendo figurões da política nacional, a Controladoria Geral da União teve a iniciativa de propor que o tema transparência fosse motivo de conferências em todo o País, visando o envolvimento da sociedade nessa luta contra a malversação.

A conscientização da sociedade é o único caminho para coibir malfeitores, como também exigir transparência. É preciso conhecer melhor os mecanismos existentes que possibilitam o monitoramento dos gastos do governo, saber usá-los e cobrar explicações das autoridades sempre que houver dúvida.

Assim, a prefeitura de Piracicaba organizou recentemente a 1ª Conferência Municipal sobre Transparência e Controle Social. O evento contou com importantes palestras e o público participou atentamente de todas as análises e problematizações. De parte do governo, coube demonstrar o quanto nossa sociedade já avançou nos últimos anos em mecanismos de controle da gestão pública. A prefeitura, dando exemplo, saiu na frente nesta luta, cumprindo antecipadamente todas as exigências legais para dar visibilidade aos seus atos.

A Secretaria de Finanças, desde o início da primeira gestão trabalhou na construção do Portal da Transparência, que pode ser acessado pelo site piracicaba.sp.gov.br, onde as planilhas sintetizadas relativas às arrecadações e  aos gastos são lançadas em tempo real, permitindo questionamentos públicos.

Fazendo valer ainda mais o dinheiro do contribuinte, a Finanças implantou também o pregão presencial e eletrônico, que além da transparência amplia a concorrência entre as empresas dispostas a vender seus produtos e serviços à prefeitura, baixando os preços de suas propostas. O mecanismo é relativamente simples e tem possibilitado economia expressiva, o que permite ampliar  investimentos com a mesma arrecadação.

Além disso, os secretários são convocados frequentemente para comparecer à Câmara de Vereadores em audiências públicas para detalhar projetos, tirar dúvidas sobre investimentos etc. Esses eventos contam sempre com a participação de representantes de entidades e líderes comunitários.

Por iniciativa da Prefeitura, audiências públicas são realizadas no anfiteatro do Centro Cívico com diretores de associações de bairro e centros comunitários, líderes sindicais patronais e de empregados, para discussões abertas e propostas de soluções aos problemas apresentados. Assembleias regionais do Orçamento Participativo também fazem parte do calendário de democratização das decisões de investimentos do poder público, com a presença sempre crescente de delegados escolhidos pelas suas bases.

A transparência aparece, ainda, quando o poder Executivo é questionado pelos parlamentares, via requerimentos, com dúvidas gerais seja apenas para satisfazer   interesses dos vereadores, ou apresentando respostas às suas bases eleitorais. O governo não se exime de suas responsabilidades em momento algum, apresentando argumentos e dados que comprovam a lisura das iniciativas, focadas no bem-estar da população.

Até mesmo as placas instaladas pela cidade, próximas às obras, são fontes de informação para quem quer saber a dimensão do investimento. As ações de maior expressão, como aterro sanitário, transporte público, estação de tratamento de esgoto, distritos industriais, plano diretor, ampliação de grandes empresas, anel viário, todas, sem exceção, são precedidas de audiência públicas, com presença maciça de representantes da sociedade civil organizada, que debatem as questões, fazem criticas e apresentam sugestões.

Os conselhos municipais, que já são 29, todos criados por lei. Eles passaram a funcionar com reuniões periódicas e também contam com a participação de representantes das comunidades, com a função de levantar problemas, defender ideias e apresentar sugestões para os diferentes temas sociais.

Por fim, vale ressaltar as recentes conferências municipais da juventude, das mulheres e GLBT, entre outras. São ações democráticas de oportunidade para que todos possam, não só contribuir no aprimoramento das políticas públicas, como eleger delegados que representarão Piracicaba e região nas conferências estaduais.

Por tudo isso a relevância da 1ª Consocial, onde uma coisa ficou clara: Piracicaba tem acompanhado os melhores exemplos de gestão e se mantido à frente no quesito informação e transparência dos atos de governo, em prol de uma sociedade que não tolera mais a malversação dos recursos públicos.

Barjas Negri é prefeito de Piracicaba

terça-feira, 2 de junho de 2015

CENTRO DE REABILITAÇÃO: 50 Anos de Trabalho por uma boa causa

Publicado JP - 30/05/2015

Fundado em 30 de abril de 1965, o Centro de Reabilitação Piracicaba completou 50 anos e foi organizado por quatro mulheres piracicabanas: Ilda Pereira da Costa Gobbo, Maria Helena Almeida Guidotti, Hilda Ometto e Elionete Cavalcante Maranhão Azevedo, mães de crianças com deficiência que sensíveis aos problemas sentiram as dificuldades da falta de espaço adequado para o atendimento de seus filhos e de outras crianças da cidade.
Essas mulheres, trabalharam e conseguiram importante apoio das famílias e empresas de Piracicaba, bem como do setor público para fundar o Centro de Reabilitação e, no decorrer do tempo construir e implantar o Centro com instalações adequadas, para acolher e atender as crianças que dependiam de uma atenção especial.
Tive oportunidade de ocupar este espaço cedido pelo JP, para falar da importância das atividades desenvolvidas por outras entidades voltadas para crianças e jovens que também requerem atenção especial, como são os casos da APAE, da Passo a Passo, do Espaço Pipa e da AUMA, que atendem centenas de crianças e jovens em trabalhos educacionais, sociais e de saúde, tão necessários a elas.
Ao completar meio século de atividades, não poderia deixar de expressar algumas considerações ao Centro e a todos aqueles que se dedicaram ao atendimento de milhares de crianças, jovens e adolescentes em todo esse período. Ao longo de todo esse tempo, acompanhei o crescimento e aprimoramento da Instituição, pelo fato de sermos vizinhos do Centro localizado no bairro São Judas, onde moro há exatamente 40 anos e, depois, no exercício de nossas atividades públicas, acompanhamos mais de perto suas boas atividades, referência para inúmeras Entidades Sociais.

As instalações atuais do Centro permitem o oferecimento de serviços de psicólogos, terapeutas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, educadores, assistentes sociais, dentistas, terapeutas ocupacionais, além de serviços profissionais administrativos de apoio. Atualmente são 124 profissionais que atendem da melhor maneira possível uma clientela de cerca de 500 pessoas.
As instalações do Centro contam com um espaço adicional composto pelo Ginásio de Esportes, que facilita o atendimento de modo geral mas, que na verdade, funciona como especial salão de festas e de outras atividades que permitem aglutinar periodicamente inúmeros familiares e empresários piracicabanos nos jantares, almoços, festas juninas e diversas outras atividades sociais e culturais, que na maioria das vezes contribuem para arrecadar recursos para reforçar o orçamento do Centro.
O Centro supre e completa as atividades que deveriam ser públicas e sobrevive com recursos públicos repassados pelos governos federal, estadual e municipal e da importante contribuição das famílias das crianças atendidas e, da participação de centenas de pessoas que voluntariamente participam das Festas em prol do Centro.
À todos que participaram ativamente de suas atividades nesse meio século de vida, os nossos cumprimentos, na certeza que o Centro serviu e serve de exemplo de dedicação e perseverança para muitas outras Entidades Sociais. Por isso o Centro de Reabilitação é considerado um dos mais importante patrimônio social de Piracicaba.


Barjas Negri foi prefeito de Piracicaba de 2005 a 2012