segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ampliando e melhorando a coleta seletiva

Publicado no JP edição de 07/11/2015
Em artigo anterior, pude mostrar o avanço e limitações da coleta seletiva desenvolvida pelo Reciclador Solidário e Reciclar 2000 que, em 2011, atendia apenas 29 bairros urbanos da cidade (42%), comercializando apenas 1,5 milhão de quilos/ano entre plástico, vidro, alumínio, chaparia, papel, papelão e outros produtos coletados diariamente.
O Plano Municipal de Resíduos Sólidos, da Secretaria do Meio Ambiente (Sedema), tinha meta ambiciosa e a perspectiva da viabilização era a Parceria Pública Privada para todo o complexo dos resíduos sólidos – coleta, transporte, destinação final e tratamento - fato que aconteceu em 2012; À época apontava-se para um cenário positivo e atraente, que permitiria a Piracicaba alcançar patamares maiores de sustentabilidade ambiental com avanços significativos no sistema da coleta seletiva.
Com a PPP foi possível ampliar os investimentos na disponibilidade de caminhões e mão de obra destinados à coleta seletiva. Os caminhões disponíveis passaram a ser nove, sendo cinco para coleta seletiva nos bairros, dois para a seletiva em prédios e dois para auxiliar a cooperativa do Reciclador Solidário na comercialização dos materiais coletados.
De imediato, ampliou-se a comercialização de materiais recicláveis dos cooperados do Reciclador Solidário que alcançou a média de 1,9 milhão de quilos no biênio 2012/2014. Por outro lado, a Piracicaba Ambiental S.A, sob o comando da Sedema, ampliou a coleta seletiva para todos os 68 bairros urbanos da cidade, com um Sistema de Coleta Seletiva Especial na Área Central – noturno, dividido em três setores: no setor comercial ativo, a coleta seletiva é realizada todos os dias e nos demais três vezes por semana.
Dentro desse Sistema, os materiais recicláveis são encaminhados para a Cooperativa do Reciclador Solidário, amparado por um convênio com a Prefeitura e no contrato da PPP com a Piracicaba Ambiental. A Cooperativa tem a responsabilidade de triar e comercializar os materiais recicláveis, enviando-os às empresas recicladoras que pagam por esse material, ampliando a renda de seus cooperados. Os rejeitos são encaminhados para a área de transbordo do Aterro Sanitário de Pau Queimado.
Com a construção e implantação da Central de Triagem de materiais, que se encontra em fase de teste no Ecopark, na Fazenda Palmeiras, localizada nas proximidades da Estrada Piracicaba-Limeira, perto de Iracemápolis, será possível trabalhar com todo material inorgânico da futura Usina de Tratamento de Resíduos Urbanos de Piracicaba, num trabalho pioneiro, onde Piracicaba ficará na vanguarda da sustentabilidade ambiental dos municípios de médio e grande portes do Brasil.
            Barjas Negri, prefeito de Piracicaba 2005/2012

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